O fracasso do diálogo
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Pixabay -
Confira o editorial dessa semana
Apesar do Brasil ter uma Lei que concede o direito de crianças e adolescentes se desenvolverem em um ambiente sem violência (Lei da Palmada) e apesar de mais de 1500 estudos renomados apontarem as consequências nefastas das palmadas ao desenvolvimento humano, esses parecem serem argumentos insuficientes para que os pais adotem medidas adequadas na criação de seus filhos.
Nos últimos anos, muitos estudos foram voltados acerca dos efeitos das palmadas educativas, o que mostraram consequências negativas, que vão além do simples ato de magoar.
Evidentemente, criar uma criança, seguindo um caminho que vai desenvolvê-la em todos os sentidos, é mais difícil, mas não impossível e, no final será muito gratificante. Quando um responsável bate em uma criança, ele busca obter obediência, mas não procura fazer a vítima entender o porquê de ter apanhado, somente barrando o comportamento indesejado. O que estes não sabem, é que as crianças não tem maturidade o suficiente para entender os porquês de certos comportamentos exigidos. Sendo assim, por medo de serem punidos, esses futuros adultos, deixarão de desenvolver habilidades e aproveitar oportunidades, sejam elas de crescimento pessoal ou profissional.
Especialistas afirmam que essas simples palmadas, afetam significativamente o desenvolvimento moral, socioemocional e cognitivo das crianças. Alguns estudos publicados em anos passados, mostraram também que crianças educadas com palmadas, demonstram menos massa cinzenta no córtex frontal, além de amígdalas mais hipervigilantes.
É óbvio que os pais não surram as crianças com a intenção de lhes causarem danos, mas é preciso compreender que esse método é eficaz a curto prazo, mas nunca à médio ou longo prazo, afinal, nos últimos anos, com a punição, o comportamento parece ter piorado.
Chegou a hora dos pais entenderem os maus que a educação inadequada traz na vida dos futuros adultos. É necessário que sejam implantadas políticas que visem a conscientização e a informação sobre a causa, uma vez que as crianças devem entender seus direitos e deveres, e não serem barradas com a informação do que não devem fazer.
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