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Fabiano da Luz alerta para ameaça velada de privatização da Celesc

  • Foto: Bruno Collaço / Agência AL -

Durante audiência pública realizada pela Comissão de Economia da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) na última quarta-feira (9), o deputado estadual Fabiano da Luz (PT) chamou atenção para o que classificou como um processo silencioso de desmonte da Celesc.


Proponente do encontro, o parlamentar enfatizou a importância de manter a companhia como patrimônio público dos catarinenses e disse que a atual política de terceirizações acende o alerta para uma possível privatização. “Estamos falando de energia, algo essencial para a vida das pessoas. A Celesc é uma das melhores empresas do Brasil no setor, dá lucro, investe, é eficiente. Não faz sentido nenhum abrir mão de uma estrutura como essa. Ela precisa continuar sendo de todos os catarinenses”, defendeu Fabiano da Luz, em tom enérgico.


O deputado alertou que o aumento no número de terceirizados, a falta de reposição de concursados e o que chamou de “estratégia de precarização” podem ser um caminho disfarçado rumo à privatização. “Temos que afastar qualquer sombra dessa possibilidade. O que vemos hoje é um enfraquecimento proposital, que pode ser usado lá na frente como justificativa para entregar a empresa ao setor privado”, afirmou.


Durante a audiência, dirigentes sindicais e empregados da Celesc reforçaram o alerta de Fabiano da Luz. Relataram defasagem de quase 500 profissionais, frota sucateada e aumento expressivo da terceirização — que pela primeira vez, segundo os trabalhadores, supera o número de funcionários concursados. Para os representantes dos empregados, a situação representa um risco à qualidade dos serviços e à segurança da população.


Apesar das críticas, o líder do governo na Alesc, deputado Ivan Naatz (PL), e o secretário da Casa Civil, Kennedy Nunes, negaram qualquer intenção de privatizar a empresa. “Essa hipótese está fora de cogitação”, disse Naatz. Kennedy complementou dizendo que os lucros da empresa estão sendo reinvestidos e que a Celesc tem um papel estratégico para atrair empresas ao estado.


O presidente da companhia, Tarcísio Rosa, defendeu a gestão atual, reconheceu falhas no atendimento, mas garantiu que estão sendo sanadas. Destacou a rentabilidade da empresa e afirmou que o lucro gerado será distribuído inclusive aos empregados. Também anunciou a contratação de 63 novos concursados.


Para Fabiano da Luz, no entanto, o foco deve ser outro: garantir que a Celesc continue cumprindo sua função social. “Não podemos cair no erro de olhar apenas para números e deixar de lado a missão da empresa. Energia não é mercadoria, é um direito. A Celesc precisa continuar sendo pública, forte e eficiente — e, acima de tudo, do povo catarinense”, finalizou o deputado.


Bruno Collaço / Agência AL

Publicado por jornal Imprensa do Povo

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