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Futebol

O futebol inspira: conheça a história de Patricia Maldaner

  • Arquivo pessoal/Divulgação -

No dia 19 de julho, celebramos o Dia Nacional do Futebol. Que esporte mágico, não é mesmo? Nascido em terras inglesas, tem o Brasil como o “País do Futebol". Inicialmente, o esporte era praticado apenas por homens. Nos anos 1920, o futebol começou a despertar o interesse feminino, mas era meramente tratado como uma atração de circo. Em 1941, sob a presidência de Getúlio Vargas, o futebol feminino foi proibido, junto com outros esportes considerados não "femininos", devido ao machismo da época.

As mulheres enfrentaram preconceito e discriminação, mas, apesar desses desafios, o futebol feminino resistiu. E hoje, o jornal Imprensa do Povo vai contar a história da jovem pinhalense Patrícia Maldaner, que já atuou por grandes equipes do futebol brasileiro.

Arquivo pessoal/Divulgação


Paty tem apenas 21 anos e já atuou profissionalmente pelo Grêmio de 2021 a 2022 e joga atualmente pelo Palmeiras. Iniciando sua trajetória aos 8 anos em uma escolinha de futsal em Pinhalzinho, Patrícia rapidamente se destacou. Aos 12 anos, já treinava com meninas mais velhas e competia em campeonatos regionais. Aos 14 anos, ela se juntou à Chapecoense, onde jogou de 2017 a 2020, conquistando diversos títulos estaduais e nacionais, incluindo o campeonato brasileiro escolar em 2019 e um terceiro lugar no Mundial.

Em 2019, Patricia integrou a seleção brasileira sub-17 e, no final de 2020, foi convocada para a sub-20. Sua carreira profissional decolou quando, em 2021, aos 18 anos, assinou seu primeiro contrato profissional com o Grêmio e ajudou a equipe a conquistar títulos importantes, como o vice-campeonato da Supercopa e o Gauchão. Com a seleção sub-20, Patricia foi campeã Sul-Americana e conquistou o terceiro lugar na Copa do Mundo.

Hoje, Patricia joga pelo Palmeiras e recentemente recebeu sua primeira convocação para a seleção principal, participando dos treinamentos para os Jogos Olímpicos.

Arquivo pessoal/Divulgação

“Futebol não é pra mulher”

Com toda a certeza, ser mulher e jogar futebol, um esporte historicamente dominado por homens, apresenta ainda nos dias atuais muitos desafios. Paty comenta sobre as constantes comparações que as jogadoras enfrentam, seja na parte física ou técnica. No entanto, ela destaca a dedicação e o profissionalismo das atletas como fatores cruciais para a evolução rápida do futebol feminino no Brasil. Apesar de uma história marcada por proibições e preconceitos, as mulheres no futebol têm mostrado resiliência e talento, conquistando espaço e respeito.

“Eu acho que a gente pode ainda evoluir em muitos aspectos, melhorar algumas coisas no futebol brasileiro. Em questão de estrutura, tem muitos clubes que já estão com uma boa estrutura, oferecendo ótimas condições para atletas, tanto campo, parte física, como também estrutural mesmo, questão de campo, academia. Então, é uma coisa bem legal. E sobre competições também, acho que a cada ano as entidades tentam melhorar algum quesito, tanto de premiação como de formato de competição. Então, quando isso é feito de uma maneira correta, de uma maneira legal, onde valoriza o futebol feminino em si, o resultado sempre é muito bom. E acho que a gente está no caminho certo para continuar melhorando”, disse a atleta.

A infraestrutura para o futebol feminino no Brasil tem melhorado, com muitos clubes oferecendo condições adequadas para as atletas, desde campos de treinamento até academias. Além disso, competições têm se tornado mais organizadas e valorizadas, contribuindo para o crescimento do esporte.

Inspiração para a nova geração

Para Patricia, estar na Seleção Feminina principal é um sonho realizado, fruto de anos de dedicação e trabalho duro. Ela reconhece a responsabilidade de ser uma referência para meninas mais jovens que sonham em seguir uma carreira no futebol. "Às vezes, não temos noção do impacto que temos na vida de outras pessoas", diz ela. "Receber mensagens de carinho e saber que somos inspiração para alguém é muito gratificante."

Ela lembra que, quando começou, havia pouca visibilidade para o futebol feminino. Hoje, as jovens atletas têm referências de jogadoras profissionais, o que as motiva a seguir seus sonhos. “Quando eu comecei muito cedo, eu de fato não sabia que existiam mulheres adultas vivendo desse sonho, porque era muito pouco assim, transmitido, sabe, não tinha muita visibilidade, então não chegava até mim esse tipo de coisa. Aí depois que eu fui entrando mais no futebol, eu vi que sim, que isso era possível”, completou.

Evolução do futebol feminino

O futebol feminino no Brasil e no mundo está em constante evolução e ganhando cada vez mais visibilidade. Cada vez mais mulheres estão se inserindo nesse mundo, seja com a bola no pé ou atrás de um microfone narrando ou transmitindo um jogo e é como diz a música "Jogadeira": “Qual é, qual é?! Futebol não é pra mulher? Eu vou mostrar pra você, mané. Joga a bola no meu pé.”

Que a história da Paty e de outras jogadoras inspire muitas outras meninas a perseguirem seus sonhos no mundo do futebol.

Publicado por Geórgia Cecatto

Publicado por Geórgia Cecatto

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