Medo, curiosidade ou inovação? A especialista Elizione Krumenauer explica por que a Inteligência Artificial não é um "ET" e como pequenas e médias empresas já podem usar ferramentas gratuitas para crescer e não ficar obsoletas

A Inteligência Artificial (IA) tem sido um tema de debate acalorado no mundo dos negócios. Ela te assusta ou te anima? Essa é a pergunta que a consultora de negócios Elizione Krumenauer costuma fazer ao encerrar suas palestras.

Especialista em Desenvolvimento, Inovação e uso prático da IA, Elizione atua há mais de dez anos à frente da Ahgapê Soluções Empresariais e tem percorrido o estado com oficinas que buscam desmistificar o tema.

"Eu percebo que os empresários ainda estão com medo, entendendo que isso é como se fosse um ET que vai invadir o planeta", comenta a consultora.

Para ela, a proposta é simples: mostrar que a IA já faz parte da rotina de todos e que pode ser uma poderosa aliada quando usada com discernimento.

IA Já Está Entre Nós

O primeiro passo, segundo Elizione, é reconhecer a presença da tecnologia no cotidiano. "Quando elas usam o Waze, a Alexa ou assistem à Netflix, isso já é inteligência artificial. Ela já está entre nós", pontua.

Nos encontros, a especialista não só apresenta a teoria, mas também mostra ferramentas práticas e, em muitos casos, gratuitas.

Ferramentas Essenciais para Começar com a IA

Elizione Krumenauer destaca que o sucesso com a IA não está em dominar todas as plataformas, mas em saber fazer as perguntas certas. "O sucesso com a inteligência artificial começa com uma boa pergunta", explica.

Entre as ferramentas apresentadas, estão:

• ChatGPT e Gemini AI: Ótimos para atendimento e criação de conteúdo.
• Canva e Leonardo AI: Facilitam a criação de designs e imagens.
• Maritaca: Solução 100% brasileira, similar ao ChatGPT.
• Perplexity: Ferramenta que traz a fonte das informações, aumentando a confiabilidade dos dados gerados.

O Equilíbrio entre Cuidado e Potencial

Apesar do entusiasmo com o potencial da tecnologia (citando seu uso desde a detecção de doenças até a identificação de falsos atestados pelo INSS), a consultora alerta para os riscos do uso exagerado. "Dependendo da forma que se usa, a IA acaba tirando a capacidade do pensamento crítico das pessoas, principalmente dos jovens", adverte.

A chave, segundo a especialista, está no equilíbrio. "Se bem usada, a inteligência artificial nos torna mais criativos e competitivos."

Do Medo à Ação: O Que Fazer Agora

A consultora entende que a novidade gera desconforto, mas incentiva a transformar o medo em "curiosidade e ação". Sua principal recomendação é que cada empresa crie um plano simples para aplicar a IA no dia a dia, seja no marketing, atendimento ao cliente ou organização interna.

"Quem não surfa essa onda vai ficar para trás. O concorrente vai e você vai ficar obsoleto.”

O convite da consultora é claro: é hora de usar a tecnologia com propósito e consciência.