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Ministro da agricultura afirma que não é possível construir ferrovia em Santa Catarina
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Roni Rigon / Agencia RBS - Blairo Maggi ficou impressionado com o grau de automatização dos frigoríficos catarinenses
Em Chapecó, Blairo Maggi prometeu menos burocracia e apoio a exportações
O ministro da Agricultura Blairo Maggi esteve ontem em Chapecó onde recebeu uma série de reivindicações das lideranças industrias de Santa Catarina. Mas duas delas, o apoio na construção das Ferrovias do Milho (Norte-Sul) até Chapecó e o Corredor Ferroviário Catarinense (do Frango), ligando o Oeste aos portos, não devem ter apoio tão cedo.
- Não é possível uma ferrovia hoje ligando Santa Catarina ao Centro Oeste, o governo tem vários projetos em andamento mas nenhum específio para essa região - disse Maggi.
Ele sugeriu que o estado siga incentivando o aumento de área plantada do cereal, para reduzir a dependência do Centro-Oeste. Santa Catarina colhe apenas metade do que consome, cerca de seis milhões de toneladas.Maggi também descartou a possibilidade de subsidiar o transporte de milho.
- O Governo e a sociedade não tem como fazer isso - explicou.
Ele sugere que as agroindústrias fiquem atentas ao mercado para evitar escassez como ocorreu em 2016, onde o Brasil exportou muito e depois teve que importar milho.
O Governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, disse que conversou com Maggi para que ele auxilie num pleito catarinense junto ao Ministério de Relações Exteriores, para a construção de uma ponte no Rio Paraná, em Misiones, o que diminuiria a distância para trazer milho do Paraguai.
O Ministro também lembrou que, ao contrário do ano passado, quando houve quebra de 10% na safra de milho, a próxima colheita deve ser boa, com 220 milhões de toneladas, o que representa um acréscimo de mais de 15%. Com isso o preço do milho deve cair beneficiando os criadores e agroindústrias.
Maggi também falou que está trabalhando para desburocratizar alguns procedimentos, através do programa Agro Mais. Também pretende lançar um novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, pois o atual é de 1952. Em Chapecó o ministro visitou as plantas industriais da Aurora e BRF.
- Fiquei impressionado com o grau de automatização, o que traz competitividade ao agronegócio - destacou.
O presidente da Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, destacou a importância de solicitar o apoio do ministro em políticas para o setor.
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Francisco Turra, disse que a visita do ministro foi uma oportunidade para que o setor demonstrasse a importância de manter a sanidade dos rebanhos, que são a sustentação para a exportação e manutenção modelo agroindustrial.
A BRF destacou a intenção do ministro de ampliar de 7 para 10% a participação do Brasil no mercado mundial de alimentos.
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