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O HORMÔNIO DO SONO

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A melatonina é um hormônio ligado ao ciclo circadiano, ou seja, a forma como o organismo organiza suas funções quando estamos acordados e durante o sono. A substância começa a ser produzida na glândula pineal quando o dia escurece, para ajudar o organismo se preparar para dormir. Ela atinge seu nível máximo quando estamos dormindo. Com o nascer do sol e a volta da claridade, a glândula reduz a produção de melatonina, o que sinaliza que é o momento de acordar. Há outras fontes produtoras deste hormônio como a retina, corpo ciliar da íris, glândulas harderianas e lacrimais, linfócitos, intestino grosso e em menor quantidade em outros locais. Essas outras fontes teriam contribuição mínima para a concentração plasmática da melatonina, porém, seriam importantes para ação local na qual foram produzidas.

Além da função cronobiológica (regulando os ritmos biológicos) existem outras funções já comprovadas como: imunomodulatória (estimula a formação dos anticorpos e facilita a defesa contra os microrganismos), antiinflamatória, antitumoral e antioxidante (retarda o envelhecimento). Também influencia o ritmo de vários outros processos fisiológicos durante a noite: a digestão torna-se mais lenta, a temperatura corporal cai, o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea diminuem e o sistema imunológico é estimulado.

Na espécie humana, a maior concentração de melatonina ocorre durante a infância, caindo rapidamente antes do início da puberdade e sofrendo nova queda acentuada durante a velhice. Dessa forma, postula-se ainda que a melatonina teria papel importante durante o ciclo da vida, ou seja, no crescimento, no desenvolvimento e amadurecimento, bem como no processo de envelhecimento.

Os fatores que costumam influenciar na produção de melatonina são: idade, exposição a fontes de luz, alguns medicamentos e cegueira.

Como a melatonina é um hormônio relacionado ao ciclo do sono, hoje essa substância é indicada para quem tem dificuldade de começar a dormir, de manter o sono ou de ter um descanso de qualidade durante a noite. Isso inclui as seguintes pessoas:

  • Idosos, que costumam ter a melatonina mais baixa naturalmente;
  • Pessoas que trabalham em turnos noturnos e precisam dormir durante o dia;
  • Vespertinos, ou seja, pessoas que só conseguem dormir e acordar mais tarde;
  • Viajantes que precisam se recuperar do jet lag ou querem prevenir esse problema com os fusos horários;
  • Pessoas com alguns graus de cegueira, que devido à má percepção de luminosidade têm dificuldades em produzir o hormônio.

A suplementação para crianças só deve ocorrer quando se constata que elas não têm uma produção suficiente do hormônio. Isso ocorre principalmente em casos de autismo, cegueira total ou alguma lesão neurológica.

O sono tem um papel importante no emagrecimento. No entanto, não é possível afirmar que o uso da melatonina em si ajuda a emagrecer. O que acontece é que durante o sono de qualidade, o corpo regula os hormônios relacionados à saciedade. Ou seja, quem dorme melhor consegue controlar o peso de forma mais eficiente, e a melatonina pode ser aliada nesse processo. No entanto, fatores como uma alimentação balanceada e prática de atividade física também são determinantes no emagrecimento, tanto ou mais do que uma noite bem dormida.

Entre os efeitos colaterais já observados no consumo de doses elevadas estão dor de cabeça e alteração na produção de alguns hormônios, como a prolactina. A melatonina sintética é contraindicada para pessoas com histórico de angina e infarto.

O suplemento pode ser encontrado em farmácias, lojas de produtos naturais ou farmácias de manipulação. Deve ser consumida com orientação de Médico ou Nutricionista. 

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