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Após recuperação judicial, rede de lojas readquire saúde financeira e volta ao mercado
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Divulgação/Freepik -
Uma rede de lojas de móveis e eletrodomésticos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul encerrou seu processo de recuperação judicial após oito anos, negociando uma dívida de mais de R$ 123 milhões com seus 108 credores. Um plano de reestruturação aprovado permitiu a continuidade das operações e a preservação dos empregos. O grupo enfrentou dificuldades financeiras após uma expansão em 2019, fechando algumas lojas em 2023, mas agora retorna ao mercado como qualquer outra empresa após o arquivamento do processo.
Foi encerrado neste mês, após oito anos, o processo de recuperação judicial da loja Schumann que atua no setor móveis e eletrodomésticos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, além do e-commerce com abrangência nacional. Outra empresa do grupo, da área de transportes, também fazia parte da mesma ação judicial. Com o arquivamento do processo, os dois estabelecimentos retornam ao mercado como quaisquer outras corporações.
A solicitação de recuperação judicial foi feita naquele momento para viabilizar a negociação dos débitos. A dívida declarada com 108 credores era de R$ 123.178.970,27 em créditos quirografários e R$ 3.070.392,60 em créditos trabalhistas.
Com a intervenção do Judiciário, estabeleceu-se um ambiente propício ao diálogo entre as partes interessadas, o que permitiu que a empresa elaborasse um plano de reestruturação. Este plano, uma vez aprovado pelos credores, possibilitou a continuidade das operações comerciais, com a manutenção das atividades e a preservação dos empregos.
Antes de pedir recuperação judicial, em 2015, a empresa fechou 10 lojas e demitiu 300 colaboradores. A revenda de móveis e eletrodomésticos surgiu em 1997, em Seara, no Oeste. Em 2019 adquiriu todas as 71 lojas de uma rede com grande atuação no Rio Grande do Sul.
No ano seguinte, chegou a 80 lojas em Santa Catarina e iniciou as atividades de vendas pela internet, quando suplantou a marca dos mil funcionários. Em 2023, outras 29 lojas foram fechadas. Hoje, o grupo é composto por cinco empresas. O processo tramitou na Vara Regional de Falências e Recuperações Judiciais e Extrajudiciais, lotada na comarca de Concórdia, no Oeste (Autos número 0312475-90.2015.8.24.0018).
Por: TJSC
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