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Santa Catarina enfrentará desafios demográficos
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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil - Taxa de fecundidade do país caiu para 1,57 filhos por mulher em 2023.
Projeções revelam crescimento populacional até 2064, seguido por retração; esperança de vida e taxa de fecundidade mostram mudanças significativas
As novas projeções populacionais para Santa Catarina, divulgadas pelo IBGE na quinta-feira, dia 22 de agosto, oferecem um panorama detalhado das mudanças demográficas esperadas para o estado nos próximos anos. Segundo as estimativas, a população catarinense continuará a crescer até 2064, atingindo um pico de aproximadamente 10,5 milhões de habitantes. Contudo, após esse período, o estado enfrentará uma tendência de retração populacional, com a população prevista para diminuir para cerca de 10,4 milhões em 2070.
Esse crescimento inicial reflete uma dinâmica demográfica positiva. No entanto, a partir de 2064, Santa Catarina será um dos últimos estados a experimentar a inflexão demográfica, enquanto outros estados, como o Rio Grande do Sul e Alagoas, já começarão a observar uma diminuição populacional a partir de 2027.
Qualidade de vida
Em termos de qualidade de vida, a expectativa de vida ao nascer em Santa Catarina está entre as mais altas do país. Em 2022, o estado já ocupava a segunda posição com uma expectativa de vida de 76,9 anos, atrás apenas do Distrito Federal. As projeções indicam que até 2070, essa expectativa deve aumentar para 84,2 anos, consolidando Santa Catarina como um dos líderes em longevidade no Brasil.
Taxa de natalidade e fecundidade
Por outro lado, a taxa de fecundidade no estado apresenta uma tendência de queda contínua. Em 2022, a taxa era de 1,62 filhos por mulher, abaixo da taxa de reposição populacional de 2,1 filhos. Essa taxa deverá continuar a declinar, atingindo o menor valor em 2048, com 1,46 filhos por mulher, antes de iniciar uma leve recuperação. A baixa taxa de fecundidade, combinada com uma população envelhecida, representa um desafio significativo para o planejamento de políticas públicas e para a sustentabilidade dos sistemas sociais e econômicos do estado.
Além disso, a idade média das mães em Santa Catarina, que era de 28,8 anos em 2022, está entre as mais altas do Brasil. As projeções indicam que essa média deverá subir para 31,3 anos até 2070, refletindo uma tendência de adiamento da maternidade e impactando o perfil demográfico do estado.
O futuro populacional do estado apresenta tanto oportunidades quanto desafios. Enquanto SC ainda desfruta de uma alta expectativa de vida crescente, mas a combinação de uma população envelhecida e a baixa taxa de fecundidade exigirá um planejamento estratégico cuidadoso para garantir a sustentabilidade econômica e social.
Fonte das informações : IBGE/SC- texto: IMP
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