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Pinhalzinho

TO expõe dificuldades dos idosos com o avanço da idade

A especialista, na oportunidade orientou os idosos de Pinhalzinho sobre como pequenas mudanças no dia a dia podem preservar a autonomia e autoestima

Na última segunda-feira (19), o Departamento Municipal da Pessoa Idosa de Pinhalzinho realizou uma atividade especial dentro da Oficina Memória e Autoestima 60+, com a finalidade de preservar a independência dos idosos na comunidade. Coordenada pela psicóloga Raísa Klee e supervisionada pela assistente social Marizete Picolotto, a atividade contou com uma palestra da Terapeuta Ocupacional Marília Willms, que abordou questões cruciais para a qualidade de vida dos mais velhos.



Conforme a idade avança, surgem dificuldades motoras e cognitivas que afetam a autonomia do idoso. “É nesse contexto que intervimos para ajudar na organização das atividades diárias”, destacou Marília. “Por exemplo, na prevenção de quedas, é essencial tomar cuidado com detalhes como não deixar tapetes na sala, manter um caminho livre para passagem, e colocar os objetos mais utilizados ao alcance do idoso, evitando que ele precise subir em cadeiras, escadas ou bancos, o que aumenta o risco de quedas”, argumentou.



Uma das maiores dificuldades dos idosos, segundo a terapeuta, é querer realizar atividades que o corpo, devido às limitações naturais do envelhecimento, já não permite com a mesma facilidade de antes, como manter o equilíbrio ou ter a mesma força de quando eram mais jovens. “Por isso, precisamos orientar e adaptar essas atividades”, colocou.


Hoje, o terapeuta ocupacional atua precisamente nessa adaptação das atividades, organização do ambiente e planejamento das barreiras arquitetônicas. “Orientamos, por exemplo, sobre o uso de barras de apoio no banheiro, a possibilidade de tomar banho sentado em uma cadeira, o que facilita o processo de lavar-se sem risco de queda. No cuidado pessoal, homens podem ter dificuldades motoras para se barbear, e mulheres para pentear o cabelo ou escovar os dentes, necessitando de adaptações”, destacou.


Além das questões motoras, também existem desafios cognitivos. Marília abordou a questão da demência, que afeta não apenas a memória, mas também a capacidade de realizar atividades básicas. “A terapia ocupacional tem um papel crucial em ajudar o idoso a manter sua independência por mais tempo, seja com o uso de dispositivos de auxílio, como bengalas e andadores, ou através de estímulos cognitivos”, explicou.


Às vezes os idosos ficam mais lentos para realizar tarefas, e os familiares, na pressa, acabam fazendo as coisas por eles, como alimentá-los. “No entanto, o ideal é permitir que o idoso faça as coisas no seu próprio ritmo, oferecendo ajuda apenas quando necessário. Podemos, por exemplo, confeccionar adaptações para facilitar essas atividades”, explica, reforçando a importância de incentivar a autonomia do idoso.


A oficina esclareceu dúvidas e reforçou a importância do respeito ao tempo e às limitações dos idosos, ressaltando que o cuidado e a paciência dos familiares são fundamentais. "É preciso deixar que façam as coisas no seu ritmo. Isso é crucial para que mantenham sua autonomia e autoestima”, concluiu Marília.

Publicado por Guilherme Detoni

Publicado por Guilherme Detoni

reportagemdetoni@gmail.com

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