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UFFS, campus de Chapecó presta informações a agricultores em evento de cooperativa

  • Ascom/UFFS -

O evento recebe associados à cooperativa, estudantes e público interessado em agricultura

Agroflorestas e plantas medicinais são os dois temas que levam a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) - Campus Chapecó para o Campo Demonstrativo Alfa (CDA). O evento, que acontece de terça a quinta-feira (19 a 21), na Linha Tomazelli, recebe associados à cooperativa, estudantes e público interessado em agricultura.

O professor Geraldo Ceni Coelho começou a participar do CDA, orientar agricultores em minipalestras durante o evento e gerenciar a área das agroflorestas no espaço da cooperativa ainda em 2011. Desde então, ele estima que mais de 3 mil pessoas já passaram pelo setor das agroflorestas.

A partir de outubro de 2015, a convite da própria Cooperalfa, iniciaram os trabalhos da UFFS - Campus Chapecó também no horto medicinal. Assim, o curso de Agronomia vai atuar com o tipo de espécies, o manejo, a catalogação e identificação das plantas. Já o curso de Enfermagem, tendo o professor Alexander Parker à frente, estudará benefícios para a saúde, indicações de uso e efeitos colaterais das plantas, por exemplo.

Conforme o professor Geraldo, a parceria abre possibilidades no ensino, na pesquisa e na extensão para a UFFS. Ele cita que o projeto de extensão "Agroflorestas no Oeste de Santa Catarina", já finalizado, utilizou o espaço para as atividades. A intenção é que o projeto seja reiniciado e ampliado. Também há planos para ações do grupo de estudos em Agroecologia e Meio Ambiente no local, além de "Dias de Campo" com os estudantes.

O mesmo potencial também é percebido para o horto medicinal. São 95 plantas catalogadas e com placas que trazem informações comprovadas cientificamente. Segundo o professor Alexander, a ideia é criar um grupo de pesquisa sobre o assunto.

Muitos dos visitantes já conhecem o poder de algumas plantas medicinais. De Águas Frias, Maria Fátima Moraes, 63 anos, olhou com bastante interesse o horto. Ela conta que faz de produtos para massagem até repelentes com plantas, e passou no horto para buscar mais conhecimentos. E os teve: mesmo já conhecendo o pariri, não sabia de suas propriedades para o tratamento do câncer. "Tenho muita coisa em minha horta. Eu prefiro, é muito mais natural", ressalta.

No evento, plantas comestíveis não convencionais que estão no horto também foram para a panela. A Cozinha Interativa produziu duas receitas - o pão com ora-pro-nóbis e o patê de capucinha e inhame - a partir da proposição e seleção de plantas pelos professores.

Saiba mais

Agroflorestas - Combinação de árvores cultivadas com animais ou plantas de lavoura ou animais. Segundo Geraldo, além de diversificar a produção, as árvores cultivadas oferecem "serviços", como a contenção da erosão, o sombreamento a outras espécies que o necessitam, e o adubo, pelas folhas que caem. Os casos mais comuns na região são as combinações de árvores cultivadas e a criação de gado leiteiro. De acordo com o professor, a pastagem arborizada é bastante positiva por oferecer conforto térmico aos animais.

Plantas medicinais - Dentre as plantas do horto medicinal, 18 estão sendo priorizadas, já que estão na lista das 71 espécies adotadas oficialmente pela rede pública de saúde na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS). Conforme o professor, os remédios alopáticos (industrializados, comprados em farmácias) têm efeitos mais rápidos, entretanto, abrem precedentes para mais efeitos colaterais. Já as plantas medicinais, quanto utilizadas de maneira adequada, podem curar doenças, com menos efeitos colaterais ou mesmo a ausência deles, mas com um tratamento mais longo. 

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