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Nutrição

Sódio: mocinho ou vilão?

O sódio é um mineral normalmente encontrado na natureza com um outro elemento químico, o cloro. O cloreto de sódio é o famoso sal de cozinha e possui 40% de sódio em cada grama. Este mineral participa de funções essenciais para o bom funcionamento do organismo, pois regula o volume sanguíneo, tem papel importante nos impulsos nervosos, na contração muscular e no fornecimento de energia para o organismo. A falta de sódio pode levar a dor de cabeça, cansaço, fraqueza muscular, vômitos, diarreias e até mesmo a arritmia cardíaca.
A quantidade recomendada de sódio para um adulto é 2,4 g ou 6 g de cloreto de sódio (sal de cozinha). Infelizmente, no Brasil o consumo médio de sal é de 12 gramas por pessoa, muito acima do recomendado e isso pode provocar inúmeros malefícios à saúde como desenvolvimento de doenças crônicas, desde a hipertensão arterial e doenças cardiovasculares até o câncer de estômago, doenças renais e osteoporose.
Os alimentos naturais ricos em sódio são geralmente os de origem animal como carnes, peixe, ovos e leite. Estas devem ser as escolhas mais saudáveis como opção de fonte de sódio na alimentação, pois são os que têm esse elemento de forma equilibrada, fornecendo a quantidade necessária para o organismo. Já os alimentos ricos em sódio que devemos evitar são: pão francês, linguiça, salsicha, presunto, nuggets, salame, temperos prontos, sopas prontas desidratadas, caldos de carnes, legumes, maionese, catchup, molho shoyu, margarina, bacon, carne seca, enlatados, macarrão instantâneo, bolachas água e sal, oleaginosas salgadas, queijos amarelos, lasanha pronta, hambúrguer, salgadinhos de pacotes, cereais matinais, bolachas recheadas e bolos prontos. O cuidado com os alimentos que consumimos deve ser levado a sério, pois o sódio é utilizado para dar sabor e tempo de prateleira aos produtos, está presente na indústria na conservação tanto de doces como salgados, enfim, é encontrado em quase todos os alimentos. Sabemos que um alimento é rico em sódio quando na tabela de informação nutricional o produto contém mais de 200 mg de sódio em cada 100 g do alimento.
São várias as evidências que relacionam o consumo excessivo de sal ao desenvolvimento de doenças crônicas. Estima-se que, entre 25 e 55 anos de idade, uma diminuição de apenas 1,3 g na quantidade de sódio consumida diariamente se traduziria em redução de 20% na prevalência de hipertensão arterial. Além disso, haveria também reduções na mortalidade por AVC (14%) e por doença coronariana (9%), representando 150.000 vidas salvas anualmente em todo o mundo.
A construção de estratégias para a redução do teor de sódio em alimentos processados faz parte de um conjunto de iniciativas para diminuir o consumo desse nutriente no Brasil - dos atuais 12 g de sal por pessoa ao dia para menos de 5 g por pessoa por dia (2000 mg de sódio) até 2020. O acordo entre governo e indústrias alimentícias já retirou mais de 14 mil toneladas de sódio das prateleiras.
A melhor maneira de reduzir a quantidade de sódio consumida é realizar trocas saudáveis: evitar alimentos industrializados; ficar atento às indicações nas tabelas de nutrientes dos alimentos; não colocar saleiro à disposição na mesa; e, por fim, utilizar temperos naturais como as ervas, elas dão mais sabor aos alimentos e dispensam a necessidade de muito sal na preparação.
Alguns tipos de sal e a quantidade de sódio presente:
- O sal de cozinha ou sal refinado é o mais utilizado na culinária. O sal é processado para remover impurezas, o que reduz os teores de minerais, e por ter uma textura fina pode ser misturado de forma mais homogênea. Contém 400 mg de sódio em 1 g de sal.
- O sal líquido é obtido pela dissolução de sal de altíssima pureza e sem aditivos em água mineral. É utilizado em forma de spray para salgar os alimentos de forma mais uniforme. Tem um sabor suave e salga menos por possuir menor quantidade de sódio do que o sal convencional. Contém 110 mg de sódio em 1 ml de sal.
- O sal light apresenta um reduzido teor de sódio com 50% de cloreto de sódio e 50% de cloreto de potássio. Geralmente é indicado para pessoas que têm restrição ao consumo de sódio. Entretanto, indivíduos com doenças renais não devem utilizá-lo, pois o aumento da ingestãode potássio pode causar um acúmulo do mineral no organismo, elevando o risco de complicações cardiovasculares. Contém 197 mg de sódio em 1 g de sal
- O sal marinho é obtido por meio da evaporação da água do mar. Geralmente possui cristais maiores do que os do sal de cozinha. É considerado mais saudável que o sal de cozinha por não passar por nenhum processo de refinação, mantendo diversos minerais em sua composição que são benéficos para o nosso organismo. Contém 420 mg de sódio em 1 g de sal.
- O sal do Himalaia é encontrado aos pés do Himalaia. Possui mais de 80 minerais, tais como cálcio, magnésio, potássio, cobre e ferro. Possui um custo mais elevado, mas é considerado mais saudável e puro do que o sal de cozinha comum. Contém 230 mg de sódio em 1 g de sal.
- A flor de sal contém 10% mais sódio do que o sal refinado. Na elaboração são utilizados apenas os cristais retirados da camada superficial das salinas onde se formam os grãos translúcidos. Possui sabor mais intenso e textura crocante, sendo indicado acrescentar após a preparação do alimento. Contém 450 mg de sódio em 1 g de sal.

 

SAL TEMPERADO
Ingredientes:
5 dentes de alho macerados
½ maço de cebolinha desidratada (1 xícara de chá)
½ maço de salsinha desidratada (1 xícara de chá)
½ maço de manjericão desidratado (1 xícara de chá)
½ maço de coentro (1 xícara de chá)
2 xícaras de sal marinho ou do Himalaia
Modo de preparo: bata todos os ingredientes no liquidificador até atingir consistência homogenia.

Coloque em um vidro com tampa e guarde na geladeira. Validade de 60 dias.

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