O IBGE divulgou no último dia 16 de junho os dados referentes à captação brasileira de leite no primeiro trimestre de 2016. De janeiro a março, foram captados 5,86 bilhões de litros, uma queda de 4,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Se considerarmos ainda que o mês de fevereiro de 2016 teve somente 29 dias e ajustarmos a variação, a queda no período chega a 5,5%.
A região nordeste apresentou o maior percentual de queda, (-11,40%) redução que se explica pela falta de chuva que a região teve durante o ano. O Centro-Oeste teve redução de (-7,00%), o Sul (-4,70%) e o Sudeste (-2,80%). Apenas a região norte apresentou pequeno crescimento na produção, (1,00%).
Entre os estados que mais perderam produção estão as grandes bacias leiteiras do nosso país, o Paraná com redução de (-9,90%) e Minas Gerais com (-5,80%). O Rio Grande do Sul também perdeu volume significativo, (-4,40%), Goiás com (-6,00%) fecha o grupo de estados com as maiores perdas.
Novamente Santa Catarina se destaca, nossa produção de leite cresceu no primeiro trimestre de 2016 em (+1,60%). Mesmo com as adversidades, redução de consumo da ração pronta, descarte de vacas e os elevados custos de produção, nossos produtores estão firmes na atividade.
Todo esse movimento de queda na produção do Brasil e o destaque de Santa Catarina na produção e também qualidade do leite, explicam a reação dos preços nos últimos meses. Com a demanda aquecida e as ofertas reduzidas em quase todas as praças, nosso estado é a bola da vez.
As geadas de junho que afetaram fortemente as pastagens, que já vinhas em condições mais precárias que períodos anteriores, obrigam os produtores a antecipar o uso da silagem e aumentar o consumo de ração. Vamos acompanhar e ver se o estado consegue manter essa produção e continuar a alavancar o setor, que vem recebendo fortes investimentos nos últimos anos, principalmente na nossa região.
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