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Sobre assumir quem realmente somos
Eu, mulher. Eterna aprendiz, com conceitos a ampliar e revisar diariamente. Que até hoje comemoro o nosso dia internacional, tentando lembrar da sua real essência, e que ainda temos muito a honrar pelo passado que nos proporcionou a liberdade de estarmos onde queremos hoje em dia. Eu, mulher, que jamais pensei em levantar a bandeira do feminismo a alguns anos, palavra que apavora tantos incrédulos, que não vão afundo no seu real conceito e embasamento, até o dia que você precisar dela: Conceito que acredita na igualdade social, política e econômica dos sexos. Sem extremismo, sem desrespeito, apenas a pura e ainda difícil em alguns aspectos, igualdade.
Eu, mulher, que ouço seguidamente comentários como: "esse mundo está muito chato, não dá mais para fazer nada sem ofender alguém", me pergunto se realmente é isso, ou se as pessoas estão tendo voz para questionar o que muitas vezes na vida e na antiguidade não era questionado (por medo, por insegurança). Tenho consciência de que muitas pessoas por aí precisam sim levar a vida menos a sério, pois isso não faz bem e distorce lindas lutas, princípios e conceitos, nada que ofenda ou machuque alguém deve ser levado a diante.
Eu, pessoa, que na luta diária, percebo que não é tão simples assim defender princípios, defender uma personalidade, a sexualidade, o estilo de vida, até mesmo a cor da sua pele, ou gênero, ainda nos dias de hoje. Sendo que existem muitos dedos prestes a lhe apontar, sem ao menos tentar compreender a sua caminhada.
Eu, pessoa, que tento a cada dia lidar com comparações, julgamentos, mas com a doce alegria de aceitar quem realmente sou. De atitudes, de corpo e alma. Que aprendi com as dificuldades, com a fé, com os erros, com as perdas que a vida me trouxe, com o carinho, com a dureza, com a disciplina, com o afeto, ouvindo a quem nos quer bem. A cada dia moldando essa personalidade, que jamais deve ser ocultada, sonhos apagados ou caminhos desconcertados. A responsabilidade de sermos quem realmente somos é grande, e pode englobar muitas decisões difíceis, desapegos e aberturas de novos caminhos, e enfrentar pessoas que ainda não sabem, por medo ou orgulho, quem realmente são.
Eu, ser humano, que tento praticar a compaixão com as pessoas que cruzam meu caminho, porém que ainda não encontraram os delas, frustradas, sem rumo e vivendo de ilusão. Que eu consiga mostrar através do exemplo, a mais pura e plena forma de ser feliz. Que eu tenha compreensão do tempo de cada um.
Eu, ser humano, que sei que não sou perfeito, que terei momentos de tristeza e alegria, que tenho muito mais a ouvir do que falar, muito a aprender do que ensinar, e ser humilde em meus atos.
Os horizontes são infinitos para quem abre a mente para o autoconhecimento, e que acima de tudo, além de mulher, homem, de uma determinada nação ou continente, sou um ser humano.
"O que é mais doce que o mel? O sonho." E resistente a tudo, a concretização desse mesmo sonho: sermos nós mesmos.
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