logo RCN

Sobre a empatia? na Bolívia!

"Empatia significa a capacidade psicológica para sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo."

Sou totalmente fascinada por essa palavra. Todos os dias da minha vida, a praticamente uns 9 anos até então, me dei conta do quão importante ela é e tenho me doutrinado e aprendido a colocá-la em prática. Realmente não é algo fácil, pois o mais cômodo para todos nós é somente enxergarmos o que a vida nos traz de mais comum: nossa rotina, nossos costumes, nosso convívio com pessoas que pensam parecido com a gente. Isso realmente desencadeia atitudes muito mais cômodas: julgamentos sem embasamento, muitas vezes maldosos e sem nenhum sentimento de compaixão pelo próximo, falta de percepção de como algumas pessoas vivem, pensam e tem percepções de como funciona o nosso singelo planeta (porém complexo) chamado Terra. Eu, por exemplo, luto diariamente para melhorar minha percepção sobre a empatia, e se realmente estou pondo em prática a linda teoria. E claro, fracasso muitíssimas vezes, mas acredito que, o fato de termos a real percepção do que realmente é empatia, já é um grandíssimo passo. E é uma questão de doutrinar seu hábito a compreender melhor as pessoas, ao invés de simplesmente apontar as falhas e julgar sem embasamento.

Estive caminhando por las calles de Bolívia por várias oportunidades de minha vida, e lá pude aprender a ter uma maior percepção de empatia. País vizinho e com costumes tão parecidos e diferentes dos nossos. Passando por Santa Cruz de la Sierra, você terá uma visão totalmente corporativa e desenvolvida do país, repleta de investimentos privados, importadores competitivos para suprir a  grande massa do país com produtos vindos especialmente do Brasil, China, Equador, México, Chile, Peru? É uma cidade totalmente fervorosa e com fome de crescimento. Temos um grande parceiro e distribuidor por lá, no qual a cada vez que vou, aprendo muito sobre empatia, em um ponto de vista muito profissional e empreendedor. Os admiro pela forma de absorver o mercado e repassar essa informação, de forma totalmente empática, a seus fornecedores, para  estarmos continuamente adequando os produtos as necessidades, costumes e interesses dos consumidores. E existe forma melhor de aprender a empatia do que profissionalmente? De certa forma aprendi a levar isso para minha vida com um olhar pessoal sobre isso.

A Bolívia possui diversidade cultural grandiosa, muitas vezes cidades parecem países completamente diferentes (assim como o Brasil), La Paz é um grande exemplo disso. Caminhando por lá, a uma altitude de aproximadamente 3.600 a 4.100 metros acima do nível do mar, não só sua mente percebe a diferença cultural comparada a Santa Cruz, mas também seu corpo com a altitude nada singela (que em alguns picos chegam a 5.300 metros). Os paceños tem costumes muito voltados ao conservadorismo, tradição mística à Deuses (como a admirável Pachamama - Mãe Terra), e devido a altitude e ao frio, acabam sendo mais reservados que os sorridentes cruzeños. São formas de pensar, de viver e agir, totalmente diferentes, especiais em cada jeito de ser.

O que mais me chama atenção é que, independente da região, a Bolívia tem uma cultura incrível de mulheres líderes de negócios como comércio e varejo. São pessoas admiráveis e de muita garra, dentro do mercado boliviano que é extremamente competitivo, abstrato e cheio de desafios. Quem consegue ser empático a ponto de compreender o seu vizinho, com certeza terá sucesso não somente nos negócios, como também em sua vida, para viver de forma leve e feliz.

A conclusão que tirei dessas passagens pelas terras bolivianas, foi que quanto mais aprendermos a aplicar de fato a empatia, mais melhoramos como pessoas, mais aprendemos a lidar com as situações diárias, com a diversidade, de forma saudável. Questione: Quem somos para julgar? Você sabe o que é viver na pele da pessoa ou situação? Será que realmente compreendo, entendo, tenho conhecimento daquilo que julgo como algo improvável, desprezível? Questione, sempre. Não julgue, você tem tantos erros quanto eu, quanto qualquer ser humano que habita essa terra. Somos imperfeitos, e esse é o diverso e desafiador da vida, aprender com isso.

Anterior

Sobre assumir quem realmente somos

Próximo

Desconstrução de Paradigmas

Deixe seu comentário