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Coluna do Inter

Que torcida

A expressão mais ouvida nos últimos jogos retrata perfeitamente o que tem sido o Inter atual. Poucas vezes no futebol se viu uma torcida resgatar um time do fundo do poço. Talvez a do Fluminense uns anos atrás fez algo parecido livrando o time virtualmente rebaixado. O Inter de 2016 estava condenado. Estava rebaixado. Estava combalido, como se estivesse em estado vegetativo só esperando a hora do enterro. Eis que sua torcida resolve aceitar que não haveria mudanças no grupo de jogadores e nem na diretoria. Que Roth seria o treinador. Não havia o que fazer. Com um sentimento de amor maior capaz de abrir mão de suas convicções para a felicidade de quem se ama, a torcida simplesmente resolveu abraçar a instituição Sport Club Internacional. Carregou o time contra o Figueirense tomando sufoco no segundo tempo e segurou o jogo no grito. Contra o Coxa cantou voou junto com Danilo Fernandes para buscar o pênalti milagroso e depois a vitória numa empatia com o time gigantesca. Quando Réver fez o gol para o Flamengo cantou ainda mais alto abafando qualquer comemoração da torcida rubro-negra e carregando o time para a virada. Domingo foi dia de grenal. Grenal na casa do rival. O Grêmio quebrou o recorde de público na Arena. Nem em Libertadores eles haviam colocado tanta gente no estádio. Mas era a chance da redenção gremista. A chance da vingança gremista de 2004 quando no grenal do Olímpico o Inter venceu por 3x1 e sacramentou o segundo rebaixamento da história gremista. O grenal que ficou conhecido como o Grenal do Coveiro Fernandão, do Coveiro Internacional que mandou o rival pra cova. Sim, senhores. Havia 50 mil gremistas na Arena com um único intuito. Empurrar o Inter para a Segundona e ter o prazer de enfim reproduzir o canto ouvido em todos os clássicos. "ão ão ão, segunda divisão". O grito que incomoda, que machuca. Eles estiveram lá. Mas havia 3.500 guerreiros colorados. E ao final dos 90 minutos só se ouvia essas vozes. O Inter brigou resistiu, sua torcida calou os 50 mil gremistas que foram pra casa frustrados sem o esperado grito. Impressionante como a torcida mudou o time. Por isso que hoje afirmo ainda na luta para escapar do rebaixamento. Essa torcida não merece cair. "Que torcida!".

Copa do Brasil

A fase mudou tanto que de alguma maneira o Inter parou na semifinal da Copa do Brasil. Na quarta-feira perdemos em casa para o Galo num jogo em que fomos amplamente superiores. Mas a opção de escalar time misto custou caro e Alan Costa certamente iria comprometer o trabalho de toda equipe. De bom fica a raça, a entrega, o apoio e a luta até o fim. Até nesta derrota saímos fortalecidos. Temos outro foco este ano, infelizmente. Bom, caso não seja possível uma reversão no placar que o Galo seja o campeão. Boa sorte.

Curtas

Gostaria de agradecer a coluna emocionada do meu amigo Ricardo semana passada. Emocionante.
Aproveito para dizer que esta coluna está disponível para qualquer colorado que queira se manifestar nos contatos acima.
Por último queria dizer que a Copa do Brasil se encaminha para uma final com dois times que já tem rebaixamentos no seu currículo. Que vença o que caiu menos vezes.

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