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Com a chegada do frio, aumentam os riscos de gripes, resfriados e complicações crônicas. Dr. Pablo Peruzzo orienta como prevenir doenças e cuidar da saúde durante o inverno.
Com a chegada do inverno, o impacto das baixas temperaturas na saúde é motivo de preocupação crescente. O Dr. Pablo Peruzzo, médico pinhalense, explica como as mudanças climáticas e os fatores ambientais contribuem para o aumento de doenças específicas durante esta estação.
Clima propício para a estação
Segundo o Dr. Peruzzo, "devido às mudanças climáticas, como temperatura, umidade e pressão do ar, além da própria circulação das pessoas que tendem a ficar em ambientes mais fechados por causa do frio, é muito mais comum a circulação de vírus, bactérias e fungos. Isso resulta em um aumento de faringoamigdalites, infecções das vias aéreas superiores, rinite, sinusite, gripes e resfriados. Essas doenças são bastante comuns, assim como outras que são impactadas pelo clima, como a hipertensão arterial”, pontuou Peruzzo.
Doenças crônicas
O médico também ressalta que o frio pode agravar doenças crônicas. "No inverno, há uma maior incidência de picos de pressão alta e descompensações das doenças crônicas, como a hipertensão, podendo levar a complicações graves como AVC (Acidente Vascular Cerebral) e infartos. O índice de infartos agudos do miocárdio e de comprometimento cardíaco é muito maior no inverno em comparação com outras épocas do ano. Portanto, é crucial cuidar dos fatores de risco, evitar a exposição e seguir o acompanhamento médico, as medicações e manter hábitos de vida saudáveis para prevenir essas doenças”, destacou.
AVCs no inverno
Sobre a maior incidência de AVCs no inverno, Dr. Peruzzo destaca que os AVCs são multifatoriais, sem uma causa única definida. “O AVC, seja de origem isquêmica (por coágulos) ou hemorrágica (por ruptura de vasos), é multifatorial, sem uma causa única definida. Sabemos que, com a idade, é mais comum devido às doenças de base como hipertensão, diabetes, sedentarismo e obesidade, que aumentam o estado de estase e coagulação dos vasos sanguíneos. Isso eleva a chance de formação de coágulos que podem se desprender e obstruir as artérias cerebrais. Além disso, pacientes com doenças cardíacas podem gerar êmbolos que se direcionam ao cérebro. Por esses motivos, a incidência de AVC é maior durante o inverno, especialmente em pessoas com fatores de risco e condições predisponentes”, completou.
O inverno traz consigo seus desafios, com inúmeros problemas de saúde e vulnerabilidades. Entretanto, se os devidos cuidados forem tomados, não há com que se preocupar. Fique atento, tome bastante água, use roupas quentes e curta a estação.
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