Desde a infância, Altino Gerhardt, um empresário de Saudades, no Oeste de Santa Catarina, sempre sonhou em voar. Esse desejo o levou a fabricar seu próprio ultraleve em 1998, um projeto que, apesar dos desafios iniciais, não apagou sua paixão pela aviação.

No último domingo, 18 de agosto, a equipe do jornal Imprensa do Povo visitou o Aeroclube Boa Vista para conversar com Altino sobre sua trajetória e paixão pelo aeromodelismo.

Altino recorda como seu fascínio pela aviação começou ainda na infância, observando aviões cruzarem o céu. "Sempre tive um desejo profundo de voar," revela. "Meu interesse cresceu quando comprei um spinner e recebi um folheto sobre construção de aeronaves." Com a orientação de um professor de Monte Alto, São Paulo, e muita dedicação, Altino completou o projeto de um ultraleve Triatlhon, que pode acomodar duas pessoas e tem um alcance de até 324 km. O projeto levou cinco anos para ser concluído.

Apesar das dificuldades enfrentadas com o primeiro ultraleve e um acidente que quase o fez desistir, a vontade de realizar seu sonho de voar permaneceu inabalável. "No início, pensei em desistir, mas a paixão pela aviação era mais forte," diz ele. Em vez de abandonar o sonho, Altino investiu em sua educação e procurou o engenheiro aeronáutico Luiz Antônio Tamagro para continuar seus estudos e aprimorar suas habilidades.

Altino compartilha que sua experiência com o ultraleve foi repleta de desafios. "A parte mais complicada é colocar o avião para voar. Qualquer falha pode ser fatal." No entanto, ele conseguiu superar os obstáculos e seguir em frente. Com quase 24 anos de dedicação ao Aeroclube Boa Vista, Altino ajudou a fundar a instituição e ofereceu voos panorâmicos ao público, além de atuar como instrutor de voo.

Sobre a segurança na aviação, Altino afirma: "É raro um avião cair, e quando isso acontece, geralmente é devido a problemas de manutenção. Mesmo se o motor falhar, o avião pode planar, mas a responsabilidade de manter o voo é do piloto”, completou.