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Superação

Quase tetraplégica! Relembre a história da serraltense que superou um grave acidente

Rosane Giaretta, de Serra Alta, sofreu um acidente em 2005 que mudou completamente sua vida. Ela desafiou as chances de sobrevivência, venceu a tetraplegia e reconquistou a vida

Em 6 de janeiro de 2005, a vida de uma família de Serra Alta mudou para sempre. O que deveria ter sido uma viagem de férias para Porto Alegre transformou-se em um pesadelo, marcado por dor, superação e um milagre que jamais será esquecido.


Rosane Giaretta relembra os acontecimentos, não a partir de suas próprias memórias, mas através do relato de seu esposo. "Na verdade, não lembro de nada, é como se esse dia não tivesse existido. O que vou contar é o que meu esposo contou para mim", compartilha ela. Naquele dia, a família estava a caminho da praia quando, entre Passo Fundo e Marau, um caminhão baú tentou ultrapassar outro veículo e invadiu a pista contrária. "Com a graça de Deus, meu marido conseguiu desviar para evitar uma colisão frontal, mas o caminhão ainda nos atingiu, fazendo com que perdêssemos o controle do carro e capotássemos várias vezes", explica.



Segundo o boletim de ocorrência, o veículo capotou entre três e quatro vezes. O impacto foi grande, deixando a mulher e seu filho gravemente feridos e inconscientes. "Começo a lembrar de algumas coisas quatro dias após o acidente. Acordei e estava na UTI, onde fiquei por sete dias. Não acreditava que tinha acontecido o acidente, pois não lembrava de nada", revela.


O acidente resultou em múltiplas lesões graves. Além de um traumatismo craniano e um pulmão esmagado, ela sofreu uma luxação nas vértebras C6 e C7, que quase a deixou tetraplégica. "No dia 11 passei por mais uma cirurgia para fixar a minha cervical. A partir daí, percebi o quão sério tinha sido tudo isso", relembra.



A recuperação foi muito lenta e dolorosa, avançando a passos pequenos, pois Rosane estava extremamente debilitada. “Mas nunca desisti, principalmente porque minha família, especialmente meus filhos, precisavam de mim, já que ainda eram pequenos. Foram mais de 300 sessões de fisioterapia e hidroterapia, e uma dependência total de outras pessoas, pois eu não conseguia fazer nada sozinha. A fisioterapeuta foi fundamental nesse processo.”


Giaretta enfrentou muitos desafios, incluindo o reaprendizado de várias atividades, até mesmo a de caminhar. A parte financeira também pesou, já que quase tudo foi feito de forma particular, pois a fisioterapia ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) só estava disponível em Chapecó, porém Rosane não tinha condições físicas de ir até lá três vezes por semana.


Com o apoio incondicional da família e amigos, Rosane seguiu se recuperando. “Quem me viu naquela época não acreditava que eu ficaria bem e voltaria ao trabalho. Sempre digo que é nas dificuldades que conhecemos os verdadeiros amigos, e percebi que tenho muitos. O apoio dessas pessoas especiais foi essencial; recebi muitas orações e palavras de carinho”, lembrou.


“O que aconteceu comigo foi um verdadeiro milagre de Deus. Os médicos não tinham esperanças, eu poderia ter ficado tetraplégica, mas estou aqui, bem, com algumas marcas e pequenas, ou até insignificantes, limitações, que me dão forças para continuar”, argumentou.


Após a recuperação, Rosane passou por uma depressão pós-trauma, o que também foi muito difícil. Ela fez dois anos de terapia para voltar a dirigir e entender algumas coisas. “Por isso, agora vivo o hoje como se o amanhã não me pertencesse. Sou grata, primeiro a Deus, depois ao meu marido, à minha família e amigos, pois, se estou aqui, são eles os responsáveis por tudo isso”, completou.

Publicado por Guilherme Detoni

Publicado por Guilherme Detoni

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