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Alesc recebe exposição 'Transitoriedade', da artista Gilma Alves de Mello
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Vicente Schmitt/Agência AL -
Exposição clássica de uma artista plástica que vive há mais de 50 anos em Florianópolis
Uma visão crítica do consumismo, de proteção ao meio ambiente e a constatação de que o que foi ontem não será hoje e amanhã também será diferente, marca a exposição "Transitoriedade", da artista plástica carioca, que reside há mais de 50 anos em Florianópolis, Gilma Alves de Mello, aberta na noite desta segunda-feira (25), na Galeria de Arte Ernesto Meyer Filho. A mostra, que reúne nove painéis em canvas de médio formato, pode ser visitada diariamente até o dia 20 de maio.
A exposição é organizada pela Gerência Cultural da Alesc. Na avaliação da artista, a exposição trata do que é breve, passageiro, transitivo, das coisas que duram certo tempo, do tempo que decorre curto e rápido. "É contraponto às permanências e o que é definitivo, durável, eterno." Para Gilma, a Transitoriedade pede cautela, pois trilha o caminho da ilusão, do devaneio, da quimera.
Ela destaca que numa sociedade em que o consumo manipula a vida, incentivado pela mídia, na tentativa de perpetuar o prazer, há que se lançar um alerta sobre os valores transitórios que corroem a permanência da vida. Gilma Mello, ao colocar o corpo mamulengo em performance junto às monotipias resultantes da oxidação férrea impressas em canvas, sensibiliza as pessoas a uma crítica reflexiva sobre o lugar que queremos ocupar neste momento de intensas transformações planetárias.
Segundo a artista, o projeto teve início em 2019, quando observava ao seu redor diversos códigos de barras, em boletos, faturas, contas, impostos e até em estacionamentos pagos. "Também me deparei com a minha identidade transformada em números. Me senti uma marionete."
As obras contêm imagens fotográficas híbridas, em que ela aborda a temática do autorretrato, por meio de uma técnica mista envolvendo tiragem fine art, interferências com impressões com chapas de ferro, técnica pictórica com pigmentos minerais, canetas e transfer. Gilma já expos seus trabalhos no Salão Paranaense de Arte Contemporânea, Coletiva Paraty (RJ) em foco e em várias exposições em Florianópolis.
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