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Combustíveis

Aumento dos combustíveis já chegou às bombas em Santa Catarina

  • Divulgação/Pixabay -

Motoristas buscam alternativas para economizar, enquanto quem trabalha com aplicativos e transportes calcula que terá que trabalhar por muito mais tempo para tentar manter renda

Andar menos de carro e recorrer aos ônibus ou às caronas compartilhadas. Comprar um modelo híbrido e, no caso de quem trabalha com transporte e corridas por aplicativo, rodar mais horas para conseguir lucrar. Essas são alternativas que os motoristas estão adotando para conseguir contornar o último aumento da gasolina.

Quem dirige carro a gás acha que pode lucrar no momento. Mesmo com a redução anunciada pela Petrobras, na casa dos R$ 0,13, após o fim da isenção do tributo para combustíveis o litro da gasolina ficou em média R$ 0,47 mais caro.

Tirando aqui e somando acolá, o litro do principal combustível dos veículos já está em torno de R$ 0,34 a mais nas bombas, mas em alguns casos o aumento chegou a R$ 0,60.

Na região central de Florianópolis, ainda é possível encontrar a gasolina a R$ 5,40, ou R$ 5,50. Nas regiões Norte e Sul da Ilha e até no Continente, o valor já se aproxima dos R$ 6.

Em São José, tem posto cobrando R$ 5,70. Procurar os postos com valores mais em conta também é mais um desafio dos motoristas.


O aumento dos combustíveis na Capital
Moradora do Itacorubi, a advogada Melissa Almeida, 47 anos, diz que vai seguir sua rotina, mesmo com o aumento. “Uso o carro para atividades rotineiras, como levar o filho na escola e ir ao supermercado. Não dá para deixar de fazer. Mas acho um absurdo, porque até onde eu sei, estava funcionando. Por que será que não renovou a isenção?”, questiona.

Na próxima vez que trocar de carro, Melissa quer investir num híbrido – que aceita álcool e gasolina – e só não fez isso ainda porque os preços desses veículos ainda estão muito acima da média.

Gerente de empresa de banho e tosa, Rosimeri Pereira, 54, mora em Canasvieiras, no Norte da Ilha. “Lá está mais caro ainda. Já estava R$ 5,39 antes, deve estar perto de R$ 6”, disse. “Abasteço aqui no Centro, porque os valores são menores e porque é rota para mim. Agora é andar menos de carro e usar mais o ônibus normal, porque o Executivo também está com preço salgado”, lamenta.

O engenheiro eletricista André Pavilionis, 54, usa o carro todo dia para trabalhar e levar a filha à escola e também criticou o aumento.

“O que movimenta e economia é circular dinheiro, ou seja, o mercado girar. Quanto mais taxação, ainda mais de combustível, mais engessada fica a economia. Do jeito que está, inflaciona o mercado e dificulta para todos. A isenção nos combustíveis facilita que as mercadorias cheguem mais baratas. Para mim, combustível é o meio para a economia girar. Se você complica o combustível, compromete a economia”, comenta.


Impacto no orçamento
Motorista de aplicativo há cinco meses, José Eduardo Rodrigues Alves, 23, começou quando a gasolina estava mais barata, depois de um pico em que beirou os R$ 8. Agora, não tem outra saída: vai aumentar a carga horária na rua, para fazer mais viagens.

“Tem impacto no orçamento, né? Terei que trabalhar mais para suprir o valor. Ainda dá para trabalhar e ter lucro, dá pra manter. Se passar de R$ 5,50 ou R$ 6, fica mais complicado”, afirma.

Governadores negociam compensação de até R$ 30 bilhões por perdas
Os governadores baixaram a estimativa quanto ao recurso a ser desembolsado pela União para recompor as perdas orçamentárias em razão das mudanças de cálculos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis.

A previsão, inicialmente de R$ 45 bilhões, agora gira de R$ 24 bilhões a R$ 30 bilhões, valor que ainda precisa ser alinhado entre os 27 líderes dos Estados e do Distrito Federal. Essa nova faixa de recomposição em negociação é uma média entre o pleito inicial dos governadores e quanto o governo federal pretendia pagar.

“A União propôs R$ 13 bilhões. Depois, R$ 22 bilhões. Agora, está ali algo entre R$ 24 bilhões e R$ 30 bilhões, que deve ser o acordo final”, afirmou ao R7 o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), responsável por representar as lideranças estaduais na coordenação da pauta aos Três Poderes.A proposta será levada a uma reunião do Fórum dos Governadores marcada para segunda-feira.

“Depois, a gente vai voltar a conversar com a Secretaria do Tesouro e com o Ministério da Economia”, completou Fonteles. A expectativa é que o valor esteja fechado ainda em março, e a contrapartida prometida pelos governadores é de não repassar as despesas ao consumidor — sem, portanto, aumentar tributos.


Por ND+/NÍCOLAS HORÁCIO, FLORIANÓPOLIS

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