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Chocolates artesanais ganham espaço na preferência dos clientes

  • Imprensa do Povo -

Para quem ama chocolate, a Páscoa é uma das épocas mais esperadas do ano e, para quem vende, também. Uma pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio/SC) aponta que os produtos artesanais vêm ganhando cada vez mais espaço na preferência do consumidor: dois em cada dez pretendem comprar chocolates artesanais em 2021, 11% a mais do que no ano passado.

Por outro lado, a escolha por chocolates em geral industrializados reduziu-se de 39,3% para 33,9%, acompanhando também de uma queda de 9,7% na demanda por ovos de Páscoa industrializados (24,5%). O levantamento foi realizado em sete cidades e aponta, ainda, que mais da metade dos catarinenses (55,2%) deve fazer as compras de Páscoa na semana que antecede a data, o que significa que o comércio precisa se preparar para não faltar produto, inclusive quem produz.

É o caso da Chocolates Parise, de Pinhalzinho, mas isso não deve ser problema, ao contrário. A proprietária Elen Parise, de 38 anos, experiente no ramo, já se preparou para produzir e fornecer produtos até a última hora. Em 2020, com os primeiros reflexos da pandemia, a produção precisou ser interrompida por um período e muitos dos clientes para os quais fornece acreditaram que as vendas cairiam consideravelmente. Porém, na semana que antecedeu a Páscoa a comercialização aqueceu e faltou produto.

"No ano passado foram produzidos 2 mil quilos de chocolate e, mesmo que a produção tenha sido parada por um tempo, ainda assim foi boa. Teve procura de última hora porque as pessoas acharam que ia sobrar e faltou. Até minha filha ficou sem o ovo de chocolate que eu tinha feito para ela porque acabei vendendo para um cliente que sempre compra comigo e não tinha mais", conta.

A expectativa é vender 2,4 mil quilos de chocolate nesta Páscoa, distribuídos em cerca de 50 produtos diferentes. Tem ovos tradicionais de 100, 180, 250 e 440 gramas, além dos trufados e "de colher" dos mais variados sabores. O cliente também encontra cestas e kits com itens menores, como mini coelhinhos, além de ovos com surpresa. A marca entrega para comerciantes de mais de 40 municípios da região e o sistema de distribuição é o que atrai novos clientes a cada ano.

"Trabalhamos com sistema consignado, assim o mercado não tem preocupação no caso de não vender. Dessa forma, mercados menores estão optando em trabalhar só com a nossa marca por ter essa vantagem e poder fazer pedidos menores. Se vender tudo e precisar mais, a gente passa entregando de novo. Se sobrar, recolhemos e fazemos promoção", informa.

Produção

Temperar, cortar, tirar da forma, colar, pesar, embalar, encaixotar e ir para a distribuição. Esse, em síntese, é o processo feito para tudo o que a fábrica, que fica na Linha Boa Vista, interior de Pinhalzinho, produz. Com exceção da máquina que realiza o resfriamento do chocolate e deixa o produto no ponto certo para ser moldado sem quebrar, todo o processo de fabricação é manual, feito geralmente por quatro pessoas na fábrica. Mas, dependendo da demanda, outros membros da família Parise ajudam na confecção.

"Quando termina a produção de Natal, fazemos a limpeza e organização e ativamos a produção de Páscoa, e dia 2 ou 3 de janeiro começamos a produzir os ovos. Até o dia 15 de fevereiro a maior parte já está entregue nos mercados da região. Em março a produção é específica para a loja aqui na chácara, para a loja que tem na cidade, para empresas e pedidos mais específicos", comenta Elen.

Muita gente que vê o sucesso da marca pinhalense hoje nem imagina que a confecção de chocolates iniciou como uma forma de complementar a renda da família, lá em 2009, quando os quatro filhos faziam faculdade e o dinheiro era curto. As vendas foram de proporções inesperadas, se tornando uma grande fonte de recursos. Cerca de dois anos depois a família começou a produzir ovos de Páscoa em casa até que houve a ativação da fábrica. Atualmente vendem trufas durante o ano e também trabalham com caixas para o dia das mães, dia dos pais, namorados, Natal, mas a principal produção se concentra na Páscoa.

"É muito bom escutar o pessoal comentar 'pode comprar o chocolate deles porque o chocolate é bom'. Várias vezes já pediram para nós produzir uma linha um pouco inferior, mais barata, até mesmo para empresas ou escolas, mas optamos por não fazer porque justamente a pessoa que ganhar dessa linha inferior vai associar a marca e dizer que antes o chocolate era bom e agora tem muita gordura. Por isso, trabalhamos só com chocolate puro desde o começo e, assim, conseguimos fidelizar os clientes. A cada ano a procura aumenta, que é por trabalhar com chocolate de qualidade", finaliza.


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