logo RCN

De Pinhalzinho para a Seleção Brasileira

Yan Razera jogou em grandes clubes profissionais e na Seleção Brasileira. Hoje atua como treinador da categoria da base da Chapecoense

Com passagem por grandes clubes de futebol, o ex-jogador brasileiro que atuava como meia, Yan Cleiton de Lima Razera, deixou seu legado no esporte e muito orgulho aos pinhalenses. Natural de Pinhalzinho, Yan começou no esporte quando criança, na sua trajetória, foi destaque em grandes clubes profissionais e vestiu a camisa amarelinha, sendo campeão Mundial sub-20, em 1993, pela Seleção Brasileira de Futebol.

"Comecei a jogar com incentivo dos meus pais. Meu pai sempre foi fissurado por futebol, sempre jogou e muito bem. Iniciei jogando em alguns torneios em Pinhalzinho, depois, com 10 a 11 anos, fui chamado para jogar por Nova Erechim no futsal, disputamos competições estaduais e interestaduais, fomos campeões estadual e numa dessas competições, como jogador da seleção catarinense, o olheiro do Vasco da Gama que era treinador da seleção paranaense me viu jogar e fui indicado por ele para fazer o teste no Rio de Janeiro, no Vasco da Gama", relembra.



Yan entrou no Vasco da Gama em 1989, com 13 anos. Entre amador e profissional ficou por quase dez anos no Vasco. Depois passou por outros clubes, como Fluminense, Internacional de Porto Alegre, Grêmio, Flamengo, Coritiba, jogou na Arábia Saudita e Portugal. Também jogou em todas as seleções de base da seleção brasileira, sendo campeão em todas elas, campeão Sul Americano e campeão Mundial sub-20. Foi convocado para a seleção olímpica e depois seleção profissional, sendo ao todo quatro convocações para a seleção brasileira principal.

Nestes clubes conquistou vários títulos, o principal deles, foi o Mundial sub-20 pela Seleção Brasileira de Futebol, que conforme Yan, a partir disso iniciou a sua carreira de uma forma diferenciada. "Você sendo campeão mundial pela sua seleção, independente da categoria, você é muito valorizado", diz.

Yan foi campeão em todas as categorias, sub-17, sub-20, em vários torneios como o Torneio Internacional de Toulon, campeão Carioca pelo Vasco, campeão da Copa Mercosul pelo Internacional, campeão Paranaense pelo Coritiba, campeão Carioca pelo Fluminense e Brasileiro pelo Fluminense, campeão em três torneios na Arábia Saudita, Copa do Rei, Copa do Príncipe e Campeonato Árabe.

Ele ressalta que o maior desafio como atleta profissional é se manter em grande nível e pra isso é preciso treinar muito e se dedicar plenamente a profissão. "Claro, tinha vida fora dos campos, casei, tive uma filha. Mas, se manter no topo era o maior desafio. No Brasil, a concorrência sempre foi muito difícil e você chegar a um clube importante o 'funil', como chamamos, é muito estreito", aponta, dando como exemplo a categoria amadora da Chapeconse que hoje tem cerca de 300 atletas, sendo que desses 300 a grande maioria não vão conseguir chegar à categoria profissional da Chapecoense. "Então é muito difícil chegar a um clube profissional e mais difícil ainda é se manter", diz.

Entre suas maiores alegrias daquele tempo foram os títulos conquistados, o reconhecimento da torcida, a convocação para a seleção brasileira é que o máximo para a carreira de um jogador. "A alegria de fazer um gol para um clube que você defende, ver a torcida te parabenizando e feliz, com certeza essas foram as maiores alegrias que tive durante a minha carreira", ressalta.

Yan parou de jogar com 33 anos, teve algumas lesões importantes em momentos importantes da sua carreira. "A primeira lesão tive quando fui convocado para a seleção brasileira principal, acabei perdendo muito com isso, depois, no Fluminense também tive uma lesão importante e igual e isso encurtou a minha carreira. Geralmente quando um atleta que não tem lesão importante consegue prolongar a sua carreira, chegando a jogar até os 40 anos muito bem fisicamente", aponta.

Hoje Yan atua como treinador da categoria de base da Chapecoense. Diz, que o seu ao atletas é que levem a sério, mas se divirtam. "Tento pregar isso no meu time. Claro, tem a importância de ganhar jogos, mas como ganhar talvez seja mais importante do que simplesmente ganhar um jogo. Procurando sempre evoluir, estar participando no grupo de uma maneira positiva, ajudar os amigos, pois nem sempre você está bem emocionalmente e um amigo te ajuda, depois você pode ajudar. E, o mais importante é não desistir. Talvez, muitos com talentos maiores não consigam chegar pela falta de persistência e quem tiver persistência maior e tiver talento, a chance também é maior. Então, não desistir, acreditar no sonho, correr atrás, respeitando os companheiros, treinadores, esse é o caminho", finaliza.


De Pinhalzinho para a Seleção Brasileira Anterior

De Pinhalzinho para a Seleção Brasileira

Delegacia de Saudades é reformada Próximo

Delegacia de Saudades é reformada

Deixe seu comentário