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FIESC busca soluções para a infraestrutura do Oeste
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Ascom/Fiesc -
Presidente em exercício da entidade destacou que sem investimentos na área o Oeste perde sua capacidade de competir e gerar empregos
"Precisamos buscar soluções para os problemas de infraestrutura da nossa região, sob pena do grande oeste perder sua capacidade de competir e de gerar empregos para milhares de famílias", afirmou o presidente em exercício da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Waldemar Antônio Schmitz, em reunião realizada nesta segunda-feira (25), em Florianópolis. O encontro reuniu lideranças empresariais e políticas da região e foi transmitido por vídeoconferência para Chapecó. Um grupo de 14 prefeitos, além de empresários da região, que participaria da reunião não conseguiu chegar a Capital pois o avião não conseguiu decolar por causa das condições do aeroporto.
Schmitz destacou que parte importante das indústrias catarinenses estão concentradas na região e contribuem de forma significativa para que o Estado mantenha sua posição nacional na geração de empregos e posicionamento internacional. "Então, para continuar avançando, precisamos fortalecer este importante componente da competitividade: a infraestrutura logística, fator determinante para o sucesso dos negócios das empresas da região", ressaltou.
As lideranças presentes reforçaram os gargalos das BRs 282 e 163. No caso da BR-282, recentemente o governo federal cortou R$ 40 milhões dos R$ 50 milhões previstos para investir no trecho que vai de Chapecó a São Miguel do Oeste. O superintendente do DNIT-SC, Ronaldo Carioni Barbosa, afirmou que a falta de recursos por parte do governo federal impede a retoma de obras. Segundo ele, a expectativa é de liberação de pelo menos R$ 25 milhões neste ano para retomar este trecho da BR-282.
Em relação à BR-163, a FIESC apresentou estudo semana passada em que mostrou que as obras de ampliação de capacidade e restauração da rodovia na região estão abandonadas. A rodovia é importante para o transporte de milho que de vem do centro-oeste. O levantamento avaliou a situação dos 62,1 quilômetros do segmento entre o entroncamento da BR-282 em São Miguel do Oeste e o entroncamento da BR-280 na divisa com o Paraná, além do acesso ao ponto de fronteira alfandegado, em Dionísio Cerqueira. Conforme o superintendente do DNIT-SC, o novo edital para a retomada das obras está pronto e também aguarda liberação de recursos de emendas parlamentares.
Vincenzo Mastrogiacomo, presidente do Fórum de Competitividade do Oeste, lembrou que a região é grande produtora e exportadora de carne. "O oeste pede socorro. Só as emendas parlamentares são muito pouco. Estamos falando de produtividade e competitividade. Estamos sendo deixados para trás", alertou.
Em tom de desabafo, o prefeito de Águas Frias, Ricardo Rolim de Moura, disse que além da questão do transporte de cargas, é preciso olhar pela vida das pessoas. "É um apelo de uma pessoa que perdeu um irmão na BR-282. É uma questão de vida também. Temos que dar segurança para quem transita. Cuidem da vida. É muita família sofrendo. É um risco andar na rodovia", declarou.
Por videoconferência, o vice-presidente do Sindicato das Indústrias Metalmecânicas de Chapecó (Simec), Mário Luís Nóri de Oliveira, relatou os desgates que as empresas sofrem ao transportar a produção pela BR-282. Segundo ele, quando se transporta máquina, ao chegar ao destino, muitas vezes, é necessário apertar os parafusos antes de entregar o produto, devido às condições ruins da rodovia. "Além disso, tem a parte humana. Semana passada perdemos mais um associado numa colisão frontal. A maior bandeira nossa para o desenvolvimento é a rodovia", declarou.
Também foi discutida na reunião a morosidade para liberar licenças ambientais para empreendimentos na região por falta de efetivo para análise dos processos. Schmitz argumentou que o Estado perde investimentos que podem gerar inclusive impostos, em função dessa deficiência. Também foi solicitada ao secretário de Infraestrutura, Paulo França, a manutenção urgente da SC-160.
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