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Fruta brasileira pode se tornar tratamento contra o câncer

  • Ronaldo Rosa/Embrapa -

A fruta camu-camu (Myrciaria dubia) já conhecida por seus efeitos protetores contra a obesidade e diabetes, segundo pesquisadores canadenses, pode ajudar no tratamento do câncer.

 A castalagina, que é um polifenol presente no fruto amazônico, eleva a eficácia da imunoterapia, modificando o microbioma dos pacientes.

 "Com esta pesquisa, realizada com nossos colegas da Universidade Laval e da Universidade McGill, provamos que a castalagina, um polifenol que atua como prebiótico, modifica o microbioma intestinal e melhora a resposta à imunoterapia, mesmo para cânceres resistentes a esse tipo de tratamento," disse o Dr. Bertrand Routy, da Universidade de Montreal.

 "Nossos resultados abrem caminho para ensaios clínicos que usarão a castalagina como complemento de medicamentos chamados inibidores de pontos de verificação imunológicos em pacientes com câncer," acrescentou sua colega Meriem Messaoudene.

 Segundo informações contidas na plataforma do Diário da Saúde, não há pesquisadores brasileiros envolvidos no trabalho.

 Nos últimos anos, inibidores de pontos de verificação imunológico trouxeram uma esperança de que o sistema imunológico de pacientes poderia superar a resistência ao câncer, revolucionando as terapias direcionadas aos melanomas e ao câncer de pulmão. Esse tipo de imunoterapia ativa o sistema imunológico para matar as células cancerosas.

 Apesar de tudo, os cientistas voltaram a fazer estudos laboratoriais, pois apenas a minoria dos pacientes tem respostas duradouras à imunoterapia que se assemelha com a cura.

 O objetivo agora é transformar um microbioma não saudável em um saudável, a fim de fortalecer o sistema imunológico. Entre essas estratégias está uma que emprega prebióticos, compostos químicos que podem melhorar a composição do microbioma intestinal.

 "Nós descobrimos que a castalagina se liga a uma bactéria intestinal benéfica, a Ruminococcus bromii, e promove uma resposta anticancerígena," disse o Dr. Routy.

 A descoberta será testada em breve em pacientes graças ao lançamento do primeiro ensaio clínico combinando o fruto do camu-camu com os inibidores de pontos de verificação imunológico. O recrutamento de 45 pacientes com câncer de pulmão ou melanoma começará este mês.

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