O câncer de pele corresponde a 30% dos casos registrados, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca)

O câncer é considerado no Brasil a segunda maior causa de morte por doenças, atrás apenas das enfermidades do aparelho circulatório. O câncer de pele corresponde a 30% dos casos registrados, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima-se 170 mil novos casos da doença só em 2019.

Levando esses dados em consideração, Junho foi escolhido como mês de conscientização e prevenção ao câncer de pele, visando orientar a população sobre a doença.

Vanessa Gheno, médica dermatologista que atende em Pinhalzinho, ressalta que o câncer de pele é uma alteração das células que compõem a pele. "A pele tem alguns tipos de células, por isso temos três tipos de câncer de pele que são os mais comuns (carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma), mas existem inúmeros tipos. O mais comum é o carcinoma basocelular, é o câncer que tem maior incidência no mundo entre todos os tipos de câncer, o ponto positivo é que ele tem um comportamento benigno e o tratamento é simplesmente tirar a lesão com as margens corretas e o paciente está curado, não tem potencial de metastatização, que é se espalhar pelo corpo. Já o melanoma é o menos comum, mas o mais agressivo e tem esse risco de ir para os órgãos internos", explica.

Ela salienta que o câncer de pele é identificado através de lesões que estão em crescimento e que sangram. O carcinoma basocelular geralmente forma um nódulo vermelho/perolado. O carcinoma espinocelular forma uma casca em cima da pele e sangra. O melanoma geralmente é o câncer preto como uma pinta.

"O tratamento geralmente é cirúrgico, as lesões precisam ser retiradas e a prevenção deve ser feita através do cuidado com a pele, uso do protetor solar, não se expor nos horários inadequados que são depois das 10h30 e antes das 16h, devemos tomar sol sempre antes das 10h e após às 16h. Uso de chapéu e óculos, além de ter uma alimentação adequada, realizar exercícios físicos e no geral ter uma boa saúde", ressalta.

Quase sempre tratável quando diagnosticada no início, a doença é de difícil tratamento em casos avançados. Por isso este mês, denominado Junho Preto, foi escolhido para conscientizar a população sobre o melanoma e também fazer um alerta sobre a importância do diagnóstico precoce.

Vale destacar que o melanoma, que corresponde a 5% dos cânceres de pele tem alta taxa de mortalidade. O diagnóstico do câncer de pele melanoma começa após a identificação de uma pinta suspeita na pele. O câncer melanoma pode afetar órgãos como cérebro, pulmões, ossos ou fígado, causando sérios danos à saúde. Cerca de 40% dos pacientes evoluem para metástase cerebral e estima-se que apenas 20% dos pacientes de estágio avançado sobrevivem por cinco anos. Nesses casos, são necessárias opções de tratamento para pacientes que apresentam essas progressões da doença.

A médica dermatologista, Vanessa Gheno, destaca que é importante o diagnóstico precoce para o tratamento. "O médico deve ser procurar assim que identificar algo diferente na pele", orienta.