Sindicatos e movimentos sociais protestam contra reformas trabalhista e da Previdência

A sexta-feira (28) começou com paralisações e protesto em cidades de Santa Catarina. Sindicatos e movimentos sociais protestam contra reformas trabalhista e da Previdência.

Em Florianópolis, Blumenau e Criciúma, os ônibus de transporte público não estão circulando.

Em Joinville, manifestantes se concentraram na Praça da Bandeira, Centro, no início da manhã. Eles invadiram o terminal de ônibus antes das 7h e não deixavam os veículos entrarem.

Transporte público

Em Florianópolis, o transporte público deixou de funcionar à 0h desta sexta. Os ônibus não devem circular até as 23h59. No aeroporto Hercílio Luz, no entanto, o funcionamento era normal.

Em Blumenau, os ônibus estavam parados desde esta madrugada. O Seterb liberou o corredor de ônibus para os veículos, por causa da grande quantidade de carros na rua.

Em Criciúma, dia começou sem transporte público, conforme a RBS TV.

Incêndios em Florianópolis e São José

A Central de Operações Policiais Militares (Copom) foi comunicada de pontos de incêndio em avenidas e rótulas de diversos bairros de Florianópolis e região por volta das 6h desta sexta.

Bancos

De acordo com o Sindicato dos Bancários de Santa Catarina, integrantes da entidade participaram do fechamento da BR-101, em São José por volta das 6h desta sexta. Pouco antes das 8h, diversos manifestantes se dirigiam ao terminal lateral ao Terminal de Integração do Centro (Ticen), onde foi montado um acampamento. Eles protestavam contra a reforma da previdência, reforma trabalhista e a terceirização. Até 8h, não havia um balanço de adesões.

"Temos também uma pauta exclusiva da categoria, contra o fechamento de agências bancárias pelo país, a redução de postos de trabalho e atendimento. A nossa orientação aos colegas foi de que todas as agências fossem fechadas, mas sabemos que precisaremos conquistar adesões dos que estarão trabalhando", explicou Luiz Toniolo, secretário de comunicação do sindicato.

Escolas estaduais

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC), das 1.080 escolas estaduais catarinenses, 80% estavam fechadas nesta manhã.

"O fechamento ocorreu não só devido à adesão dos trabalhadores ao protesto nacional, mas porque não há serviços públicos. Não há transporte público, o trânsito tem bloqueios nas principais avenidas das cidades, então, é inviável a realização as aulas", disse o presidente da entidade Luiz Carlos Vieira.

Paralisações em Florianópolis

Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), Alex Santos, houve o indicativo que apenas uma escola municipal de Florianópolis funcionaria e os demais serviços públicos, como creches e postos de saúde, deveriam estar fechados nesta sexta-feira (28).

"A princípio está tudo fechado. Na concentração às 14h vamos ter uma noção da adesão, porque é quando os servidores dos bairros se encontram", explica o presidente.

O serviço de coleta de lixo também não funciona nesta sexta. "Os poucos trabalhadores que foram aos postos de trabalho não saíram", conta. Ainda na quinta, em nota, a Comcap informou que em assembleia de trabalhadores foi decidido que os roteiros de coleta diurna de sexta-feira seriam transferidos para sábado (29).

Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, ainda na quinta-feira, servidores informaram que oito postos de saúde devem funcionar com atendimento parcial apenas para agendados nesta sexta. Com abertura das unidades às 8h, não havia balanço da prefeitura da situação atualizada delas até este horário.

Nos postos de saúde da Costeira, Fazenda do Rio Tavares, Santo Antônio de Lisboa e João Paulo, a previsão é que o atendimento ocorre apenas pela manhã. Já no Saco dos Limões, Coloninha, Vila Aparecida Rio Vermelho e Vargem Grande, agendado durante todo o dia.

Três postos de saúde com vacinação devem ficar abertos: na Caieira, Itacorubi e Saco dos Limões. Duas unidades disponibilizarão apenas remédios, sem realizar consulta: Itacorubi e Rio Vermelho.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, não houve uma comunicação oficial do sindicato ou diretores com a relação das unidades que estariam fechadas. O município conta com 36 escolas e 89 núcleos de educação e creches. Até as 8h, não havia balanço de instituições fechadas.