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Venda de peixes na quaresma deve ser prejudicada pela pandemia também neste ano
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Secom -
Um dos costumes mantidos pelos cristãos de algumas igrejas é o de diminuir ou cessar o consumo de carne vermelha na Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa. Quando o prato não vai à mesa, principalmente nas sextas-feiras, geralmente em seu lugar é servido carne de peixe. Essa tradição faz com que supermercados, peixarias e pesque-pagues esperem um aquecimento nas vendas nesta época, mas o cenário da pandemia não traz boas perspectivas.
Produtor de peixes há mais de 20 anos, seu Clair Luis Parise comenta que as vendas do produto na quaresma do ano passado foram menores que em 2019, quando não havia pandemia. Proprietário de um pesque e pague na linha Boa Vista, as atividades sofrem impacto com frequência, dependendo do nível de restrição de funcionamento determinado por cada decreto publicado pelo estado e/ou município. Como o cenário pandêmico se mantém, até a Páscoa ele estima vender a mesma quantidade de peixe vivo que em 2020: uma tonelada.
"Antes da pandemia eu vendia de 300 a 400 kg de peixe vivo por semana, desde dezembro até a Páscoa. Ano passado teve uma queda de pelo menos 50% na venda de peixe vivo. Esse ano começou um pouco melhor, mais piorou. Normalmente nessa época se vendia muito, no ano passado foi fraco e, neste ano, a tendência é a mesma", afirma.
Com 35 açudes, Parise produz cerca de 40 toneladas de peixe por ano. Na propriedade, comercializa principalmente carpa, tilápia e pacu. Se a perspectiva com a pandemia melhorar nos próximos dias, pretende realizar uma feira do peixe vivo na sede da Rádio Centro Oeste na quarta e quinta-feira que antecedem a Páscoa, que será em 4 de abril.
"É a época que mais sai peixe vivo. Está mudando um pouco hoje a história de que só na sexta-feira santa é dia de comer peixe e o resto do ano não, uma vez o pessoal não procurava durante o ano. Agora está melhorando, devagarinho o pessoal está criando o hábito de consumir mais peixe durante o ano também", comenta.
Conforme a Secretaria Municipal de Agricultura, a perspectiva de baixa nas vendas na quaresma deste ano se estende aos demais produtores de Pinhalzinho que tem peixe pronto para comercializar. De acordo com as notas fiscais apresentadas ao setor, no ano todo de 2019 os produtores do município comercializaram 50.373 kg de peixe, totalizando R$ 299.266,00. Já em 2020, foram 105.547 kg e R$ 696.411,00. A maior parte dos peixes produzidos são tilápia e a produção é vendida quase em sua totalidade diretamente a frigoríficos.
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