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Vontade de viver e vencer
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Imprensa do Povo -
Mês de outubro lembra a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. A luta de quem passa pela doença é constante, por isso o apoio e um ombro amigo é tão importante
A vontade de viver e vencer são o que fazem a agente comunitária de Saúde, Eliana Bampi Zanco, 53 anos, a lutar todos os dias. Diagnosticada com câncer de mama em 2016, hoje a batalha é para se recuperar de uma metástase no quadril, causada pelo câncer.
Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que o câncer de mama é o tipo da doença mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, representa 29% dos novos casos de lesões malignas a cada ano.
Foi durante o autoexame que Eliana percebeu o nódulo na mana, após, com exames confirmou o carcinoma. Passou por cirurgia e iniciou as radioterapias. Recuperada da doença seguiu a vida normalmente, trabalhando e cuidando da família.
"No início de 2018 comecei a sentir dores do quadril. Fui ao médico, fiz raio-x do quadril e nada apareceu, no coluna apareceu o que eu já sabia, problema de escoliose e no nervo ciático, então os médicos passar a me tratar para isso. Mas eu sentia cada vez mais dor e certo desequilíbrio ao andar, porém os médicos insistiam que era do nervo ciático. No dia 07 de outubro do ano passado eu parei de andar completamente e no dia seguinte fiz uma tomografia onde foi diagnosticado o câncer no quadril, metástase do câncer de mama. Estou sem andar há quase um ano", relembra Eliana.
Com isso ela iniciou um novo tratamento, passou dias no hospital, realizou diversos exames, fez radioterapia, já passou por 13 quimioterapias e realiza mais uma na próxima semana. "Hoje estou bem, passei cinco meses só deitada, dependia de alguém para tudo, era transportada por um lençol, não podia me mexer para não provocar novas fraturas patológicas. Aos poucos comecei a ficar sentada, depois, com o tempo comecei a dar alguns passos com o andador e hoje me desloco com ele", destaca.
Eliana não passou por cirurgia no quadril, ela explica que no seu caso não é possível cirurgia. "Hoje não tenho mais dor e esperamos que o osso se revenere para que eu possa melhorar", diz.
Dificuldades
Além da rotina de Eliana, a rotina de toda a sua família também mudou. A filha Kamila teve que parar de trabalhar e adiar um semestre da faculdade para cuidar da mãe. O seu filho Maurício, portador de síndrome de down, também sofreu, principalmente com a ausência da mãe, no período em que Eliana ficou hospitalizada. O filho mais novo, Victor teve que se responsabilizar com a casa e com os cuidados com o irmão. O esposo Wilson que é caminhoneiro também ficou um período em casa para auxiliar nos cuidados com Eliana.
"Sou muito grata a minha família. Todos nós passamos por mudanças e dificuldades neste período. Hoje a minha maior dificuldade é a locomoção, para ir a Chapecó fazer quimioterapia preciso ir de ambulância. Agora até consigo embarcar no carro, mas com dificuldade. Não consigo ficar muito tempo sentada. Eu era uma pessoa ativa, trabalhava, passeava e de repente tive que parar com tudo e minha vida mudou completamente", aponta.
Lição para a vida
Hoje Eliana pensa na vida de uma forma diferente do que pensava antes da doença. "Às vezes valorizamos coisas que não tem valor. A vida deve ser vivida cada dia, aquilo que você pode fazer hoje não deixe para amanhã. Viver intensamente, viver bem", ressalta.
A boa alimentação também é algo que Eliana sempre priorizou. Em casa foi sempre ela quem preparava os alimentos, fazia pães, bolachas e nunca foi de comprar muitos produtos industrializados. "O cuidado na alimentação é fundamental, hoje cuidamos ainda mais do que já cuidávamos. Eu sempre digo isso às pessoas, para que cuide da alimentação, isso é extremamente necessário para ter uma vida saudável".
Para quem passa pelo câncer Eliana pede para que ergam a cabeça e tenham força e fé para lutar. "Sentir a presença de Deus, ter fé é fundamental principalmente neste momento. Eu nunca me desesperei, me desanimei. Eu quero viver e viver bem a cada dia. Amar mais do que a gente pode. Tudo o que eu fiz na vida, fiz com muito amor. Sou muito grata a minha família, as minhas amizades por tudo. Passo por essa doença, mas sei que tem controle, por isso luto todos os dias". Para quem não passou por um câncer Eliana lembra a importância do autoexame.
Fique atento aos sinais e sintomas
É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.
Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são: Caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço; saída espontânea de líquido dos mamilos.
(Fonte: Inca)
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