A proposta tem como objetivo ampliar a divulgação de informações sobre a doença, incluindo sintomas, fatores de risco, formas de prevenção e tratamentos disponíveis.

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina aprovou, nesta quarta-feira (26), um projeto de lei do deputado Altair Silva (PP) que institui uma campanha permanente de conscientização sobre a herpes-zóster no estado. A proposta, registrada sob o número 246/2024, tem como objetivo ampliar a divulgação de informações sobre a doença, incluindo sintomas, fatores de risco, formas de prevenção e tratamentos disponíveis.

Entre as ações previstas na campanha estão a veiculação de anúncios em diferentes meios de comunicação, a distribuição de materiais informativos em espaços públicos e privados, além da realização de palestras e audiências para sensibilizar a população sobre a enfermidade.

O deputado destaca a relevância da iniciativa para aumentar o conhecimento sobre a herpes-zóster, uma infecção viral que pode causar dores intensas e complicações severas. “Com uma campanha contínua, poderemos informar a sociedade sobre os sinais da doença e as formas de evitá-la, além de facilitar o acesso ao tratamento adequado. Isso contribui diretamente para a qualidade de vida das pessoas e reduz o impacto nos serviços de saúde pública”, afirma Altair Silva.

Dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH), via DataSUS, indicam que, em 2023, o Brasil registrou cerca de 2,6 mil internações por herpes-zóster, o que representa um crescimento de 13,6% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizados 2,3 mil casos. Em 2021, esse número foi ainda menor, com duas mil hospitalizações, refletindo um aumento de 31,6% nos últimos anos.

Entenda a doença

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a herpes-zóster é provocada pelo vírus Varicela-Zoster, o mesmo responsável pela catapora. Após a infecção inicial, o vírus permanece dormente no organismo e pode ser reativado em momentos de baixa imunidade, sendo mais frequente em idosos. Condições como câncer, cirurgias na coluna, traumas locais e sinusite frontal podem favorecer o desenvolvimento da enfermidade.

Os principais sintomas incluem o surgimento de lesões avermelhadas e dolorosas na pele, geralmente no tronco, rosto ou membros. Além disso, a doença pode causar formigamento, febre, dor de cabeça e mal-estar. A dor intensa, um dos aspectos mais característicos da infecção, pode persistir mesmo após a cicatrização das feridas.

Próximos passos

Para entrar em vigor, o projeto ainda precisa ser sancionado pelo governador Jorginho Mello. “Acredito que o governo aprovará essa proposta, pois muitas pessoas desconhecem a gravidade da doença e a existência da vacina para preveni-la. Nosso objetivo é garantir que essa informação chegue ao maior número possível de catarinenses”, conclui Altair Silva.