O desejo de saúde mental como meta traz a psicóloga Sandra Frozza para falar sobre o Janeiro Branco.

Começamos o ano desejando muita saúde mental para todos e, para ajudar alcançar essa meta, vamos conversar com a psicóloga Sandra Frozza sobre a campanha Janeiro Branco.
Com mais de 16 anos de experiência, Sandra atende a comunidade de Pinhalzinho e regional e observa de perto os avanços e desafios do cuidado com a saúde mental. Para ela, a campanha Janeiro Branco, lançada em 2014, é uma ferramenta importante para promover a conscientização sobre a necessidade de se olhar para a mente com o mesmo cuidado que damos ao corpo.

"A campanha Janeiro Branco para Psicologia surgiu em 2014 com a campanha intenção de conscientizar e alertar as pessoas sobre a necessidade do cuidado com a saúde mental e não só da saúde física. É muito fácil de a gente falar que ‘eu tenho uma dor de dente, uma dor de barriga, que estou com uma dificuldade física’, do que falar de algo subjetivo, de algo que não é palpável, pois, muitas vezes, a gente não tem um exame físico, um exame clínico, um raio-x para a gente perceber isso. Muito difícil da pessoa entender o que está acontecendo com ela. Então, o Janeiro Branco veio para isso é para mostrar às pessoas a importância de se olhar e de se perceber”, explica Sandra.

Ela acredita que, hoje, a sociedade está mais consciente sobre a relevância de cuidar da saúde mental. "Acredito que hoje nós compreendemos mais a importância do cuidado da nossa mente, não apenas com a nossa saúde física, tanto que a gente sabe que nesse mundo corporativo, dentro das empresas, está olhando muito para isso. E cada vez mais a gente tem que olhar e perceber que nosso corpo tem limites e a nossa mente também E que a gente precisa olhar para as nossas emoções, ter um cuidado com as nossas emoções."

Sandra destaca ainda que o cuidado com as emoções deve começar desde a infância, prevenindo problemas emocionais futuros. "Hoje sabemos que quando olhamos para uma criança, o cuidado que a gente tem de olhar e perceber as emoções já é para prevenir, lá no futuro, algumas questões relacionadas à saúde mental."

Em cidades menores, como Pinhalzinho, o acesso ao cuidado psicológico é fundamental, e Sandra vê isso como um avanço positivo. "Nós, por mais que moramos numa cidade pequena, temos esse acesso aberto e isso é muito bom. É bom saber que a gente pode ter bons profissionais trabalhando em nossa cidade", afirma.

Porém, ela alerta para os desafios de se informar corretamente sobre saúde mental, especialmente nas redes sociais, onde muitas pessoas falam sobre o tema sem o devido embasamento teórico. "Precisamos também ter um cuidado com algumas questões, como a gente sabe que, quer ou não, a gente tem muitos influenciadores, muitas pessoas falando de saúde mental e muitas vezes não tem um embasamento teórico”, alerta.
Sandra reforça a importância de lidar com as vulnerabilidades de maneira saudável. "Quando a nossa mente está bem, a gente fica bem. Mas quando a mente não está bem, também não estamos bem. A gente sabe que é muito difícil, porque falar das nossas vulnerabilidades, das nossas fragilidades, é algo difícil ainda, mas é possível e a gente precisa caminhar para isso."

Por fim, a psicóloga lembra que a campanha existe para nos lembrar da nossa vulnerabilidade e da necessidade de um olhar cuidado para nossa saúde mental. "E o Janeiro Branco está aí, está aí, para mostrar que sim, que nós somos vulneráveis e que a gente precisa ser olhado com muito carinho", finaliza.

Assim, começamos o ano desejando que no seu final de 2025 você tenha a par e tranquilidade que todos merecem para comemorar um ano de mais aceitações, menos complicações e, por fim, de mais saúde mental, pois quanto a saúde mental está bem, tudo fica melhor.