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Casos de HIV em Blumenau já são 40 em 2016, diz Vigilância epidemiológica

Número de testes costuma crescer após o Carnaval na cidade

Um mês após o Carnaval, em Blumenau, no Vale do Itajaí, o número de testes de HIV, que normalmente chega a 500 mensais, costuma ultrapassar os 800 exames, segundo a Vigilância Epidemiológica. Desde o início de 2016, já são 40 resultados positivos. Atualmente, 3 mil pacientes na cidade recebem medicação para o controle da doença.

Só em 2015, foram mais de 9 mil testes de HIV, destes, 405 deram reagente, positivo. Cidades do Vale como Itajaí, como Balneário Camboriú e Blumenau estão numa lista com 12 municípios catarinenses que têm taxas de HIV maiores do que a média nacional, de 20 infectados para cada 100 mil habitantes.

"É mais de um diagnóstico por dia, que a gente vem acompanhando. Isso é preocupante", diz a diretora da Vigilância Epidemiológica Ivonete dos Santos.

Diagnósgtico na gravidez
Agnes Kloehn Jandre convive com a doença há 19 anos. Ela e o marido têm o vírus e os dois fazem tratamento com antiretroviral,  o coquetel de medicamentos que ajuda a controlar a doença e a dar mais qualidade de vida para os pacientes. A filha dela, hoje com 19 anos, deixou de ter o vírus quando tinha um ano e seis meses.

"Eu descobri quando estava grávida de quatro meses. Foi difícil", diz Agnes. A partir do momento em que recebem o diagnóstico, esses pacientes têm direito a remédios, orientação médica e psicólogica, além de todo o apoio necessário para tratar a doença.

"O grande problema em Blumenau é os pacientes novos, com HIV e esses pacientes têm que iniciar sua medicação e precisarão de acompanhamento para o resto da vida", diz a diretora.

Homens não estão se cuidando
Os últimos diagnósticos confirmam que homens, na faixa entre 15 e 25 anos, não estão se cuidando. Mas o alerta não é só para os jovens, é importante lembrar que pessoas de todas as idades podem contrair o vírus HIV.

"Mesmo que você tenha bebido, use preservativo, carregue sempre no seu bolso", alerta a diretora da Vigilância Epidemiológica.

Prevenção que Agnes faz questão de reforçar. Ela não teve escolha. Aceitou a doença e faz de tudo pra ter uma vida normal, mas em vez de se esconder, decidiu alertar as pessoas. "A lição que fica é nunca achar que contigo não acontece", afirma Agnes.

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