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Histórias de coragem e fé inspiram a prevenç contra o câncer de mama

Durante o Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização e à prevenção do câncer de mama, o Imprensa do Povo foi em busca de histórias reais que representam coragem, fé e esperança. Moradoras de Pinhalzinho e Saudades, Ângela Eckert e Elaine Schneider enfrentaram o câncer e transformaram o medo em força, mostrando que o autocuidado e o diagnóstico precoce podem salvar vidas.
“O câncer não foi o fim. Foi o meu recomeço.”
Em novembro de 2023, Ângela Eckert foi surpreendida com um diagnóstico de câncer.
“Meu exame indicava nível cinco, o grau mais alto. Brinquei com o médico dizendo que era o top das galáxias, mas por dentro o medo era grande”, relembra.
Após a cirurgia, Ângela iniciou o tratamento com quimioterapia, mas precisou interromper após cinco sessões. “O médico me olhou e disse: ‘Eu estou injetando veneno nas tuas veias’. Meu corpo não aguentava mais”, conta.
Mesmo diante das dificuldades, ela seguiu firme, apoiada pela família e pelo marido, Anderson, com quem se casou em fevereiro deste ano. “Ele ficou comigo em todos os momentos. Esse amor foi uma força enorme”, destaca.
Voluntária da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Ângela conta que só compreendeu verdadeiramente o valor do acolhimento depois de viver o diagnóstico.
“A Rede é uma família. Eles oferecem psicoterapia, apoio emocional, nutricional e espiritual. Tudo gratuito e com muito carinho. É um abraço coletivo.”
Hoje, ela vê o câncer com outros olhos.
“As pessoas acham que câncer é sinônimo de morte. Pra mim, foi o contrário. Câncer foi sinônimo de vida. Foi um chamado pra olhar pra mim, pra me cuidar, pra ser minha prioridade.”
“A doença me ensinou a viver.”
A agricultora aposentada Elaine Schneider, da Linha Cochilhas, convive com o câncer de mama há mais de 20 anos.
Tudo começou em 2004, quando, após um dia de trabalho na lavoura, sentiu uma dor intensa no braço e percebeu um caroço no seio.
“Quando passei a mão, senti um caroço de cinco centímetros. Eu via o caroço pelo lado de fora”, relembra.
Sem tempo a perder, o marido vendeu o trigo da lavoura para custear a cirurgia particular, já que o atendimento pelo SUS demoraria. “Ele disse: ‘Vamos tirar esse caroço agora’. E graças a Deus deu tudo certo”, conta.
Depois disso, novos nódulos surgiram e, com o tempo, Elaine precisou retirar a mama esquerda.
“Em três semanas eu estava operada. Tirei toda a mama e sigo me cuidando”, diz.
Ela já passou por 14 cirurgias e segue firme, com fé e otimismo.
“Hoje eu vivo o hoje, porque amanhã pertence a Deus. Antes eu só trabalhava, não tinha tempo pra mim. A doença me ensinou a viver.”
Assim como Ângela, Elaine encontrou na Rede Feminina de Combate ao Câncer um espaço de acolhimento.
“Se lá atrás eu tivesse esse apoio, teria sido tudo mais leve. Hoje, participo das reuniões e saio renovada. A gente ri, conversa e se ajuda. É maravilhoso.”
Rede Feminina: acolher, orientar e transformar
As histórias de Ângela e Elaine se cruzam no mesmo ponto: o poder do acolhimento.
A Rede Feminina de Combate ao Câncer tem sido essencial no apoio às mulheres diagnosticadas com a doença. O grupo oferece atendimentos psicológicos, nutricionais, atividades terapêuticas e grupos de apoio, tudo de forma gratuita.
“É muito mais do que tratamento. É amor, é escuta, é cuidado”, resume Elaine.
Com fé, coragem e o apoio da Rede, essas mulheres mostram que o diagnóstico não é o fim, mas um novo começo — um convite a olhar para dentro, se cuidar e viver com propósito.
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