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Pinhalense vai participar do maior festival de dança do mundo

  • Louis Radavelli -

O evento é considerado o maior festival de dança do mundo no Guinness Book

O Centro de Arte Paola Zonta participará do Festival de Dança Joinville, considerado o maior festival de dança do mundo. Um grande evento que se preocupa com a qualidade, pluralidade e troca de conhecimento, talento e experiência.

"É com esses objetivos que o Festival de Dança de Joinville se consolidou ao longo de mais de três décadas, tornando-se destino tradicional dos amantes da dança. Participantes de todo o país e até mesmo do exterior viajam à Joinville para concorrer na Mostra Competitiva, se apresentar no Meia Ponta ou nos Palcos Abertos que se espalham pela cidade. Além disso, há um leque de opções para aprimoramento profissional por meio de didáticas inclusivas, com o oferecimento e realização de cursos, oficinas, workshops, palestras, debates e inúmeras ações voltadas aos bailarinos e coreógrafos", destaca o portal online do festival.

O evento é mantido com o apoio de patrocinadores e é promovido pelo Instituto Festival de Dança de Joinville. O festival reúne mais de sete mil participantes e um público de mais de 230 mil pessoas durante os 12 dias e por isso é considerado o maior festival de dança do mundo no Guinness Book.

O evento busca valorizar a apreciação, criação, educação e a prática da dança, promovendo-a como expressão artística e contribuindo para a difusão cultural e ao desenvolvimento regional.

Nesse ano, a abertura da 39ª edição do festival que acontece de 19 à 30 de julho, fica a cargo do Balé Teatro Guaíra com uma releitura contemporânea do ballet "O lago dos cisnes". Segundo informações, mais de 40 profissionais entre artistas, staff e técnicos estão trabalhando para preparar a noite de abertura.

"É uma grande responsabilidade e, ao mesmo tempo, motivo de muito orgulho, pois o evento tem uma dimensão e importância que é extraordinária. É uma oportunidade incrível de troca entre artistas da dança do país todo, e de outros países. E não é apenas o tamanho, mas qualidade do evento, da organização, que torna o festival tão importante. Estamos muito felizes com a possibilidade de mostrar o 'Lago' na abertura", avalia Luiz Fernando Bongiovanni, Diretor do Balé Teatro Guaíra (BTG).

Conforme Paola Zonta, o evento bateu o recorde de inscrições em 2022. "Com 4186 coreografias inscritas", disse.

Paola frisou que para poder dançar no festival é necessário enviar um vídeo da coreografia que deve ser selecionada. "Foi a primeira vez que o Centro de Arte enviou trabalhos. Embora eu seja uma profissional da dança há muitos anos, eu nunca submeti um trabalho meu ao Festival de Dança de Joinville. Esse ano achei que estávamos preparados e sabia que tínhamos potencial para passar. A coreografia "Sujeito Oculto" é um solo de dança contemporânea com o bailarino Eduardo Danielli. Como o próprio nome do trabalho já fala, é sobre ocultar pessoas da sociedade e fingir que essas não existem. É sobre homofobia, sobre preconceito e falta de empatia. Viajamos dia 24 e voltamos no dia 29 de julho, nesse período faremos cinco apresentações nos palcos abertos espalhados por Joinville", explica.

Paola disse que a coreografia foi criada em 2021 e sua estreia foi na mostra artística online do Centro de Arte. "Ela foi transmitida pelo YouTube junto com outras tantas coreografias no formato de vídeo dança, em função da pandemia. Apesar de ser um solo, onde o protagonismo é do bailarino Eduardo, convidamos outros 10 artistas cênicos, bailarinos e atores que também são homossexuais para participar. Então as 11 pessoas que a gente vê no vídeo original são da comunidade LGBTQIAP+", argumentou.

Para o festival em Joinville, segundo Paola, somente Eduardo vai ir. "Vamos trabalhar com projeção, portanto vamos colocar os outros bailarinos dançando no telão. Estamos muito empolgados, por ser o maior festival do mundo, por ser nossa primeira vez nesse evento e por ser um tema que acreditamos ser tão necessário abordar", completou.

Nossa equipe de reportagem conversou com o bailarino Eduardo Danielli, que relatou o quão ansioso e feliz está com a oportunidade.

"Dançar no Festival de Dança de Joinville é o sonho de qualquer Bailarino. Mesmo não sendo no palco principal, dançar no palco aberto é uma realização, ainda mais se levar em conta de que irei dançar um solo que fala sobre a discriminação e a desvalorização de pessoas homossexuais, e de que esse solo, junto à Paola Zonta, foi coreografado por mim. A emoção sem dúvidas é enorme, já que o Festival de Joinville é o maior do mundo, tudo que nos resta agora é ir pra lá e mostrar o nosso jeito de fazer arte", argumentou.

Levando em cena a importância da arte como um elemento de expressão de sentimentos, pensamentos, anseios e preocupações, o Centro de Arte Paola Zonta está buscando abordar um tema que necessita ser discutido, para que um grande tabu seja quebrado.


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