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Política

Voltou a corrupção?

Coluna de opinião - Guilherme Detoni

Nesta terça-feira (30), a entidade Transparência Internacional, divulgou o ranking que mede a Percepção da Corrupção (IPC) de 2023. O Brasil caiu 10 posições no Índice, registrando 36 pontos e ficou na 104ª posição. O IPC mede como especialistas e empresários enxergam a integridade do setor público nos 180 países pesquisados. A nota vai de zero a 100, onde zero significa “altamente corrupto” e 100 significa “muito íntegro”. Entre os países das Américas, o Brasil ficou atrás, por exemplo, de Uruguai (76 pontos), Chile (66 pontos), Cuba (42 pontos) e Argentina (37 pontos). A culpa desta derrocada no combate a corrupção não está baseada somente graças ao primeiro ano do terceiro mandato do ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva, mas já se estende desde o governo Bolsonaro.


Explicações da entidade

A entidade, para explanar seu relatório, se baseou nas investidas do ex-presidente Jair Bolsonaro para não deixarem a justiça investigar seus filhos que são alvos de ações da justiça e da Policia Federal.


"Se tratava de um governo dedicado intensamente à neutralização de cada um desses pilares, seja para blindar sua família de investigações de esquemas de corrupção fartamente comprovados, seja para evitar um processo de impeachment por seus incontáveis crimes de responsabilidade e ataques à democracia", prossegue.


Com relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o relatório critica, por exemplo, a flexibilização da Lei das Estatais.


"Já há sinais de piora nos termos atuais de barganha entre governo federal e Congresso, com a reintrodução de outra grande moeda de troca política: o loteamento das estatais", pontua.


Nesse sentido, a Transparência Internacional cita o caso da Petrobras. "Os efeitos já começaram a ser sentidos na principal empresa brasileira e, foco de macro esquemas de corrupção, a Petrobras, com afrouxamento de regras de blindagem política no estatuto da companhia e nomeações de gestores atropelando vetos do departamento de compliance, inclusive indivíduos investigados por corrupção", destaca.


Seu pecado

O ex-presidente Jair Bolsonaro defendeu seus filhos com unhas e dentes de ataques abertos do judiciário brasileiro, tudo para lhe atacar pessoalmente, o que ele devia ter feito? Deixar as investigações correrem seus ritos normalmente sem sua interferência, isto no meu ver, deixaria ainda mais confiante a população brasileira em sua pessoa, como um homem livre de corrupção e que busca o melhor para o Brasil. Na minha visão, lhe dando quem sabe a tão sonhada reeleição que não chegou.


Desgoverno

No primeiro ano de mandato, o ex-presidiário Lula já deu uma baita facada nas contas públicas, fechamos 2023 com um rombo de R$ 230,9 bi, pior resultado desde 2020, primeiro ano de pandemia do Covid-19. Em termos reais, considerada a correção pela inflação, o déficit foi de R$ 230,9 bilhões em 2023. As contas do governo federal voltaram a ficar no negativo depois de registrar superavit de R$ 51,6 bilhões em 2022. De 2022 a 2023, as contas públicas pioraram em R$ 282,5 bilhões em valores atuais. O déficit de 2023 corresponde a 2,1% do PIB (Produto Interno Bruto), bem acima da promessa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de ter um rombo de até 1% do PIB. O governo Lula gastou R$ 2,162 trilhões em 2023, com alta real de 12,5% em relação ao ano anterior. Os benefícios previdenciários corresponderam a 42% do total: R$ 913 bilhões, com crescimento real de 7,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Os gastos com pessoal e encargos sociais –que são salários e outras despesas do funcionalismo público– correspondem a 17,1% do total de despesas do Poder Executivo. Somaram R$ 369,4 bilhões em 2023, com alta de 2,8% ante 2022.


Governo Lula sendo o governo Lula! Gastando mais com folha de pagamento e inchando a máquina pública com seus companheiros.

Publicado por Guilherme Detoni

Publicado por Guilherme Detoni

reportagemdetoni@gmail.com

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