Os bancos não garantiram aumento real nos salários, nem avanço nas cláusulas sociais

A greve dos bancários entrou no terceiro dia nesta quinta-feira (8) com 35 locais de trabalho fechados na base do Sindicato de Chapecó e Região. Em todo o país,  já no primeiro dia de paralisação, mais de 7 mil agências, centros administrativos, centrais de atendimento e de serviço ao cliente tiveram as atividades paralisadas. A adesão é 17,7% maior do que no ano passado.

Na manhã desta sexta-feira (9), representantes da categoria irão se reunir com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo, para uma nova rodada de negociações. Até agora, os bancos não garantiram aumento real nos salários, nem avanço nas cláusulas sociais.

A proposta apresentada pela Fenaban é de reajuste de 6,5%, mais abono de R$ 3 mil, enquanto a categoria pede 14,78%, incluindo a reposição da inflação no período mais 5% de aumento real. Entre os itens da pauta, os bancários também reivindicam por aumento no valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), melhores condições de trabalho, fim do assédio moral e mais contratações.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Chapecó e Região, Luiz Angelo Coan, a expectativa é de que com a forte adesão à greve, a Fenaban faça uma proposta condizente com a pauta de reivindicações. "A paralisação está ficando maior e já pressionou a Fenaban para retomar as negociações logo no início do movimento, isso só reforça a união da categoria. Não vamos recuar até recebermos uma proposta justa", ressalta.