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Campanhas de setembro alertam para prevenção e conscientização

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Setembro Verde, Setembro Dourado e o Setembro Amarelo são os movimentos do mês

O mês de setembro é marcado por três bandeiras de prevenção, conscientização e alerta. Setembro Verde, que tem por objetivo conscientizar e alertar a população sobre a importância da doação de órgãos. O Setembro Dourado no intuito de ampliar a conscientização em prol da causa do câncer infantojuvenil. E, o Setembro Amarelo, uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção.

Setembro Verde

A mobilização se torna ainda mais importante após a divulgação de dados muito preocupantes: a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) constatou, por meio do Registro Brasileiro de Transplantes, que pelo segundo ano consecutivo houve uma diminuição na taxa de potenciais doadores, de doadores efetivos e no número de transplantes de rim, de fígado e de pâncreas no Brasil, em relação ao ano anterior. Ou seja, em vez de melhorar nossos índices a cada ano, a situação está se invertendo. Enquanto isto, a lista de pacientes em espera por um novo órgão só aumenta, chegando hoje a mais de 33 mil pessoas.

A recusa familiar, infelizmente, ainda é o principal motivo para a não realização de muitos transplantes. Mas por que as pessoas se recusam a fazer a doação de órgãos?  Na maioria das vezes, por falta de informação e conhecimento sobre o assunto. Por isto, uma das metas da campanha nacional é mostrar aos brasileiros como é importante comunicar aos familiares a vontade de se tornar um doador. Basta este simples gesto para mudar esta triste realidade e pelo menos diminuir o tempo de muitos pacientes na fila de espera _ cuja saúde, muitas vezes, está tão comprometida que não dá para aguardar muito tempo.

Em Santa Catarina a situação é melhor. É um orgulho saber que somos o Estado com o mais alto índice de doação de órgãos no Brasil, inclusive acima da taxa nacional. Estudo recente revela que a taxa de doadores efetivos em SC é de 34,9 pessoas para cada um milhão de habitantes, enquanto que a média nacional esperada é de 16. É uma grande diferença, mas podemos melhorar ainda mais. São considerados doadores efetivos aqueles que doam pelo menos um órgão sólido (rim, coração, fígado, pâncreas e pulmão). Os dados são da ABTO. Os índices catarinenses são superiores, inclusive, ao de muitos países desenvolvidos. Mesmo assim, o levantamento revela que 36% das famílias catarinenses recusaram fazer a doação de órgãos, e é com foco neste público em especial que acontece a campanha Setembro Verde deste ano. Uma campanha necessária e urgente, que pode ajudar a salvar milhares de vidas.

Setembro Dourado

O câncer infantil figura atualmente como a segunda causa de morte na faixa etária entre 1 e 19 anos, perdendo apenas para causas externas, como acidentes e violência. Apesar disso, o índice de cura pode chegar a 70% dos casos se houver diagnóstico precoce. O alerta é da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica que promove a campanha Setembro Dourado no intuito de ampliar a conscientização em prol da causa.

De acordo com a entidade, no Brasil, a taxa de cura do câncer infantil gira em torno de 50% dos casos - índice bastante distante de países como os Estados Unidos, onde a taxa é de 80%. A campanha destaca que o tratamento, nestes casos especificamente, vai muito além do papel exercido por hospitais e defende o empenho de diversos setores na luta contra a doença.

Câncer em crianças X câncer em adultos

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam 12 mil novos diagnósticos de câncer infantil no Brasil a cada ano, com pico de incidência na faixa de 4 a 5 anos e um segundo pico entre 16 e 18 anos.

Os tipos mais comuns de câncer entre adultos são os carcinomas (como câncer de pulmão e câncer de mama), provocados, em parte, por fatores ambientais e estilos de vida. Já em crianças, os tipos mais comuns são leucemia, tumores no sistema nervoso central e linfomas (câncer dos gânglios linfáticos), geralmente com origem em células que se desenvolveram em estágios iniciais da gestação.

Câncer infantil é doença familiar

A campanha defende ainda que o profissional de saúde que atende uma criança com câncer deve estender o tratamento a toda a família do paciente, uma vez que o câncer infantil é visto por especialistas como uma espécie de câncer familiar e não de um único indivíduo apenas.

A proposta é que a sociedade civil organizada exerça papel fundamental de dar apoio psicológico, principalmente aos que estão em outra cidade para o tratamento e o acolhimento da família e da criança.

Sinais a serem investigados

Os principais sinais de investigação em relação ao câncer infantil são: vômitos associados a dores de cabeça (sem náusea); desequilíbrio ao andar; dificuldade na visão; dores ósseas ou nas articulações; movimentos limitados; palidez insistente; febre persistente; emagrecimento; fraqueza; irritabilidade; sudorese excessiva; manchas roxas no corpo ou em pálpebras; sangramento em geral; diarreias crônicas; dores frequentes nos dentes, não associadas a cáries; dores abdominais prolongadas; ínguas, gânglios ou nódulos indolores, com rápido crescimento, principalmente no pescoço, axila ou virilhas; nódulos ou pintas na pele, que crescem ou mudam de cor; secreção crônica drenada pelo ouvido; desenvolvimento precoce de caracteres sexuais; na região dos olhos, pupila branca ou totalmente dilatada, protrusão do globo ocular.

Setembro Amarelo

O movimento ocorre no mês de setembro, desde 2014, por meio de identificação de locais públicos e particulares com a cor amarela e ampla divulgação de informações. Há uma atenção especial no dia 10 de setembro, pois é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, que neste ano cai em um sábado.

O câncer, a AIDS e demais doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) há duas ou três décadas eram rodeadas de tabus e viam o número de suas vítimas aumentando a olhos nus. Foi necessário o esforço coletivo, liderado por pessoas corajosas e organizações engajadas, para quebrar esses tabus, falando sobre o assunto, esclarecendo, conscientizando e estimulando a prevenção para reverter esse cenário.

Um problema de saúde pública que vive atualmente a situação do tabu e do aumento de suas vítimas é o suicídio. Pelos números oficiais, são 32 brasileiros mortos por dia, taxa superior às vítimas da AIDS e da maioria dos tipos de câncer. Tem sido um mal silencioso, pois as pessoas fogem do assunto e, por medo ou desconhecimento, não veem os sinais de que uma pessoa próxima está com ideias suicidas.

A esperança é o fato de que, segundo a Organização Mundial da Saúde, 9 em cada 10 casos poderiam ser prevenidos. É necessário a pessoa buscar ajuda e atenção de quem está à sua volta.

 

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