Repressão ao tráfico, combate à violência doméstica e furto foram citadas

A Delegacia de Polícia da Comarca de Pinhalzinho, desde o dia 26 de fevereiro, conta com novo delegado. Formado em Direito e com especialização em Direito Penal, o novo delegado, Jerônimo Marçal Ferreira, chegou ao município para assumir o comando da Delegacia no lugar de Arthur Lopes, que passou a trabalhar em Palhoça, no litoral do Estado.

Nesta semana, no entanto, a redação do jornal Imprensa do Povo conversou com o novo delegado à respeito dos trabalhos desenvolvidos na Delegacia, bem como suas expectativas no município. Ferreira é gaúcho mas viveu 30 anos em Chapecó e, por isso, optou por trabalhar em Pinhalzinho, pois afirma que gosta da cidade.

Ao chegar no município, o delegado afirma que logo percebeu o ótimo trabalho desenvolvido por Lopes durante o tempo em que esteve pela cidade, principalmente, com relação à repressão ao tráfico de drogas. "Isso eu logo me deparei e pretendo manter esse trabalho forte", afirma.

Porém, Ferreira indica que pretendo trabalhar mais em questões como o furto e violência doméstica. "Dentro do que nós conseguirmos com o nosso efetivo e nossa estrutura, pretendemos dar um pouco mais de atenção para isso, sem perder o foco do tráfico de drogas, que está funcionando bem e vai ser mantido. Só vamos trabalhar nestes outros pontos também", explica o delegado.

Com relação à disposição de estrutura e efetivos para a realização de trabalhos na Delegacia, Ferreira afirma que é uma questão que dificulta um pouco, tendo em vista a precariedade do tema. "O efetivo é pouco, temos poucos policiais e isso é uma coisa que talvez a população não tenha muita noção. Aqui nós trabalhamos somente eu, um escrivão e quatro agentes para atender Pinhalzinho inteira. E, ainda, uma agente trabalha na Secretaria e acaba fazendo os trabalhos por lá, e aqui ficam apenas três agentes para fazer o trabalho de rua".

O delegado considera que três agentes para investigação no município é pouco, devido à grande demanda que a Delegacia possui, tendo em vista que em 2018 foram mais de dois mil boletins de ocorrência registrados na Delegacia de Polícia, sem contar os registros da Polícia Militar e Ministério Público. "É uma demanda muito grande e nós não conseguimos trabalhar e dedicar muito tempo e qualidade em cima de tudo. Então, acabamos tendo que priorizar e focar em crimes mais graves. Temos que nos dedicar desta forma com a estrutura efetiva que temos, sem contar que estamos mal de viaturas também", afirma.

Principais objetivos na Delegacia

O foco dos trabalhos sobre à repressão ao tráfico de drogas deve permanecer na Delegacia de Polícia, porém, o delegado espera que a equipe possa se dedicar para trabalhar em cima de outros crimes também, de forma a reduzir os números de ocorrências. E, para isso, espera contar com a colaboração da população pinhalense. "Um dos meus objetivos é reduzir o número de furtos e vamos tentar trabalhar neste sentido, e precisamos da colaboração da sociedade para trazer as informações para nós".

Outro foco que o delegado pretende firmar na Delegacia é com relação à violência doméstica. "Vamos tentar conscientizar um pouco mais os homens e mulheres sobre essa questão, porque o trabalho é feito, mas não com a profundidade que eu acredito que deveria ser", avalia. A ideia é de que, nos próximos meses, a Delegacia, junto com outros órgãos do município, elaborem estratégias para conscientização e diminuição de ocorrências.

Ainda, Ferreira afirma que outra situação presente na Delegacia é com relação ao grande número de inquéritos que ficam represados por muito tempo, sobre casos que demoram para ser resolvidos. "A ideia é otimizar para que consigamos dar mais celeridade, o quanto antes finalizar e reduzir o número de inquéritos na Delegacia, e mandar mais para o Fórum", finaliza.