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Voluntários pedem ajuda para a causa animal
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Divulgação -
O grupo de voluntários Patinhas do Bem, de Pinhalzinho, vem passando por momentos complicados pela falta de dinheiro para conseguir ajudar a causa animal. Diante disso, entramos em contato com uma das voluntárias, Tanara Sehnem, que comenta da dificuldade que é cuidar desses animais e ainda receber ajuda financeira da população.
O Patinhas do Bem é um grupo de voluntários independentes, que não recebem ajuda financeira do governo e não apresentam registro de pessoa jurídica. Todo o trabalho feito pelo grupo se mantem de ajudas financeiras da comunidade e de simpatizantes. "No momento estamos com poucos voluntários realmente engajados e temos receio de não conseguir assumir esta responsabilidade", comenta Tanara.
Segundo ela, a participação dos voluntários é muito relativa. São cerca de 35 a 40 pessoas que fazem parte de um grupo no WhatsApp, mas o número de ativos realizando os trabalhos não passa de dez. "Tudo depende do dia e horário em que os casos nos chegam, inclusive dias que nenhum voluntário está disponível para o resgate, e nessas horas precisamos muito da ajuda da comunidade, tanto com o financeiro, adoção, lar temporário ou um simples compartilhamento e divulgação dos casos nas mídias".
A maioria dos trabalhos realizados pelo grupo consiste no resgate de animais em situação de rua, tratamento clínico quando necessário e a busca de lar definitivo. Todos os animais geram gastos, mesmo os resgatados saudáveis também necessitam de alguns cuidados, como banhos, tosa e aplicação de antiparasitários, ou seja, praticamente todos geram gastos, uns mais e outros menos. Tanara deixa claro também que nenhum voluntário trabalha exclusivamente pela causa. "Todos têm seus trabalhos, afazeres particulares e conciliam sua vida pessoal com os cuidados a estes animais".
Resgate e dívidas
Em relação aos resgates, "é difícil falar em números pois é muito relativo, temos dias bem tumultuados, principalmente para dar conta de responder as redes sociais, são muitos chamados por dia e nem sempre conseguimos responder a todos prontamente", pontua a voluntária. Os resgates variam de casos simples até os mais graves, como animais que fugiram, animais perdidos, resgate de animais atropelados, doentes, mutilados e esses regates podem ser de um ou mais animais por vez.
Tanara comenta que no último levantamento financeiro as dívidas ultrapassaram a marca de R$ 12 mil. O valor se dá por conta dos tratamentos, cirurgias que podem chegar até R$ 2 mil por animal ou mais. "Um exemplo são as cirurgias ortopédicas de animais fraturados em atropelamentos que são comuns na nossa cidade, estas precisam ser feitas em Chapecó, Maravilha ou São Miguel do Oeste, são de valores elevados dependendo da complexidade e tamanho do animal", além de que só são feitas após o pagamento à vista.
Outras contas que também estão acumulados são nas clínicas locais, principalmente de Pinhalzinho, que não tem um prazo final para serem pagas e que ficam em segundo plano, chegando a grandes valores.
Apelo
Para conseguir saldar as dívidas, o grupo pede ajuda da comunidade com doações. São leilões de diversos produtos que não têm data definida para serem finalizados e os lances seguem acontecendo junto com as doações em dinheiro, que podem ser feitas pelas páginas do Facebook e Instagram do Patinhas do Bem. "Qualquer pessoa que tem interesse em ajudar pode nos contatar por lá e, conforme nossa disponibilidade, vamos repassando informações e orientando os interessados. Lembrando também que todos podem ser voluntários", destaca Tanara.
A voluntária também deixa um apelo de conscientização para todas as pessoas. "Os animais são seres cientes, sentem dor, fome e medo, são seres sem maldade no coração, não são vingativos e quando agridem, agem apenas em sua defesa. Precisamos zelar por estas vidas, fazem parte do planeta em que vivemos, o mundo não é exclusivo do ser humano, também é deles. Não tenha um animal se não for para tratá-lo com dignidade, eles precisam de cuidados básicos, conforto, alimentação, vacinas, acompanhamento veterinário e vida social. Abandono é crime. Quem ver um animal em situação de maus tratos pode e deve denunciar, não seja conivente, isto também é crime e não te fará uma pessoa melhor".
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